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02/07/2020

Decotelli diz que Bolsonaro quis mantê-lo no cargo e que foi vítima de “covardia moral” e “linchamento”


O agora ex-ministro da Educação Carlos Alberto Decotelli disse que a FGV (Fundação Getulio Vargas) fez uma “covardia moral” e 1 “linchamento” ao afirmar, por meio de nota, que ele não era professor da instituição. “Se a FGV não tivesse me destruído, eu estaria agora trabalhando no MEC e ajudando o presidente Bolsonaro.”

 

Ele embarcou nesta 4ª feira (1º.jul.2020) em 1 voo da Azul de Brasília a Campinas (SP). No aeroporto de Viracopos, onde fez conexão para Curitiba, onde mora, falou ao Poder360. Considera a nota da FGV “uma traição”. Disse desconhece o motivo. “Não sei se foi racismo, ou se tinham outro candidato a ministro”, disse.



 

Decotelli afirmou que Bolsonaro queria mantê-lo no cargo apesar dos questionamentos a seu doutorado na Universidade de Rosario e ao mestrado na própria FGV. “Uma série de acusações que eram coisas infundadas, que nem havia tempo para explicar.”

 

“Eu expliquei ao presidente. Ele falou: ‘Olha, todas essas questões curriculares não me interessam, o que me interessa é o caráter e o olho no olho. Confio em você, você vai ser meu ministro da Educação. Esqueça isso’”, afirmou Decotelli.

 

“Estávamos certos dessa questão até anteontem, quando a Fundação Getúlio Vargas fez uma covardia impensável de jogar uma notícia na imprensa de que eu nunca havia sido professor da FGV. Isso destruiu toda a parte que havia sido negociada. O presidente disse: ‘Decotelli, que pancada que nós recebemos. A FGV que você diz que foi professor tanto tempo está publicando aqui que você nunca foi professor’. Eu disse: ‘Presidente, eu tenho os documentos todos aqui. Eu sou professor desde 1986. Sou professor de MBA’“, relatou. “Quando alguém de dentro de casa, do nosso Brasil, tenta desconstruir, isso se tornou uma situação de pressão de questionamentos que veio a se tornar insuportável. Por essa razão, entreguei a carta ao presidente. É vida que segue. Estou recolhido. Rompi definitivamente qualquer compromisso com a FGV pela covardia moral do que fizeram”, afirmou.

 

Decotelli afirmou que Bolsonaro estava disposto a mantê-lo no cargo mesmo depois da nota da FGV, mas ele preferiu sair. “Disse a ele: ‘Capitão, eu não vou deixá-lo sangrando’”.

 

Ele conta que proferiu uma aula virtual de liquidez financeira na noite de 3ª feira (30.jun) aos alunos do MBA de Finanças da FGV de São Paulo. “Fiz isso pelo compromisso moral com os alunos. Mas agora estou zerado. Tinha uma agenda intensa, aula no próximo sábado”. Disse não ter conversado com ninguém da FGV depois da nota. “Impossível depois de uma covardia como essa.” – Poder 360.

 

Carlos Magno

 

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