O agora ex-ministro da Educação Carlos Alberto Decotelli
disse que a FGV (Fundação Getulio Vargas) fez uma “covardia moral” e 1
“linchamento” ao afirmar, por meio de nota, que ele não era professor da
instituição. “Se a FGV não tivesse me destruído, eu estaria agora trabalhando
no MEC e ajudando o presidente Bolsonaro.”
Ele embarcou nesta 4ª feira (1º.jul.2020) em 1 voo da Azul
de Brasília a Campinas (SP). No aeroporto de Viracopos, onde fez conexão para
Curitiba, onde mora, falou ao Poder360. Considera a nota da FGV “uma traição”.
Disse desconhece o motivo. “Não sei se foi racismo, ou se tinham outro
candidato a ministro”, disse.
Decotelli afirmou que Bolsonaro queria mantê-lo no cargo
apesar dos questionamentos a seu doutorado na Universidade de Rosario e ao
mestrado na própria FGV. “Uma série de acusações que eram coisas infundadas,
que nem havia tempo para explicar.”
“Eu expliquei ao presidente. Ele falou: ‘Olha, todas essas
questões curriculares não me interessam, o que me interessa é o caráter e o
olho no olho. Confio em você, você vai ser meu ministro da Educação. Esqueça
isso’”, afirmou Decotelli.
“Estávamos certos dessa questão até anteontem, quando a
Fundação Getúlio Vargas fez uma covardia impensável de jogar uma notícia na
imprensa de que eu nunca havia sido professor da FGV. Isso destruiu toda a
parte que havia sido negociada. O presidente disse: ‘Decotelli, que pancada que
nós recebemos. A FGV que você diz que foi professor tanto tempo está publicando
aqui que você nunca foi professor’. Eu disse: ‘Presidente, eu tenho os
documentos todos aqui. Eu sou professor desde 1986. Sou professor de MBA’“,
relatou. “Quando alguém de dentro de casa, do nosso Brasil, tenta desconstruir,
isso se tornou uma situação de pressão de questionamentos que veio a se tornar
insuportável. Por essa razão, entreguei a carta ao presidente. É vida que
segue. Estou recolhido. Rompi definitivamente qualquer compromisso com a FGV
pela covardia moral do que fizeram”, afirmou.
Decotelli afirmou que Bolsonaro estava disposto a mantê-lo
no cargo mesmo depois da nota da FGV, mas ele preferiu sair. “Disse a ele:
‘Capitão, eu não vou deixá-lo sangrando’”.
Ele conta que proferiu uma aula virtual de liquidez
financeira na noite de 3ª feira (30.jun) aos alunos do MBA de Finanças da FGV
de São Paulo. “Fiz isso pelo compromisso moral com os alunos. Mas agora estou
zerado. Tinha uma agenda intensa, aula no próximo sábado”. Disse não ter
conversado com ninguém da FGV depois da nota. “Impossível depois de uma
covardia como essa.” – Poder 360.
Carlos Magno
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