A ONG Repórteres sem Fronteiras divulgou nesta segunda-feira
(13) o segundo relatório sobre liberdade de imprensa no Brasil em 2020. De
acordo a organização, os ataques do governo de Jair Bolsonaro contra
jornalistas continuaram no segundo trimestre deste ano somando 53 casos em seis
meses.
O levantamento revela que foram registradas pelo menos 21
agressões partindo do próprio presidente. Nos primeiros três meses do ano,
tinham sido 32 casos.
Ainda de acordo com organização, essa redução contrasta com
o comportamento dos filhos do presidente com a imprensa.
Segundo a organização, pelas redes sociais, Carlos
Bolsonaro, vereador pelo Rio de Janeiro, disparou 43 ataques contra
jornalistas; Flávio Bolsonaro, senador, foi autor de 47; e Eduardo Bolsonaro,
deputado federal, de 63.
Além dos ataques partidos do presidente da República e dos
filhos dele, o relatório da Repórteres sem Fronteiras cita 17 agressões feitas
pelo então ministro da Educação, Abraham Weintraub.
Ao todo, foram 101 ataques diretos a veículos de comunicação
no primeiro semestre:
- mais de 70 comentários negativos com intenção de
desmoralizar o trabalho da imprensa;
- 15 ataques diretos a jornalistas mulheres;
- 13 ataques a jornalistas homens;
- 2 cerceamentos da informação, classificados pela ONG como
censura.
De acordo com a ONG, o Brasil ocupa a posição número 107 –
de um total de 180 países – no ranking mundial da liberdade de imprensa.
O Palácio do Planalto foi questionado pela TV Globo sobre o
relatório, mas não respondeu até a última atualização desta reportagem – G1.
Carlos Magno
VEJA TAMBÉM:
- Cheirar pum pode prevenir câncer, AVC,
ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo de universidade do Reino Unido
- Assassinato de moradores de rua em
Campina Grande-PB gera comoção: radialista faz artigo em homenagem a
"Maria Suvacão"
- UEPB vai ganhar curso de Medicina no campus de
Campina Grande. Veja detalhes
-Cliente que passar mais de 20 minutos em fila de
banco na Paraíba receberá indenização
- Jovem forja a própria morte para saber
"quais pessoas se importariam com sua ausência" e vem a público pedir
desculpas