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15/07/2020

Difamação e Injúria: PGR denuncia deputado por chamar o ministro do STF Alexandre de Moraes de “lixo”, “canalha” e “esgoto do STF”


A Procuradoria Geral da República (PGR) denunciou nesta terça-feira (14) o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos supostos crimes de difamação, injúria e coação em vídeos com ataques e ofensas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.

 

A denúncia será analisada pelo tribunal e, se aceita, o deputado se tornará réu em uma ação penal. A assessoria do parlamentar informou que o deputado "vai se posicionar depois que tiver conhecimento do inteiro teor da denúncia."



 

Segundo a PGR:

 

- o crime de difamação foi cometido 5 vezes;

- o crime de injúria foi cometido 19 vezes;

- o crime de coação foi cometido duas vezes.

 

A PGR pediu:

 

- que seja fixado um valor para a reparação por danos morais;

- que as empresas Facebook, Google e Twitter preservem e enviem, em cinco dias a partir da notificação, o conteúdo das publicações.

 

Vídeos gravados pelo deputado

 

O caso envolve dois vídeos gravados pelo parlamentar com supostos ataques e xingamentos ao ministro do STF.

 

Para o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, a conduta não está abarcada pela imunidade parlamentar. Estes vídeos, segundo a PGR, são de duas ocasiões, em junho e em julho.

 

Nas gravações, o deputado criticou Moraes pela decisão que libertou o blogueiro Oswaldo Eustáquio, mas o proibiu de usar as redes sociais.

 

No vídeo, Otoni chama Moraes de "lixo", "tirano", "canalha", "esgoto do STF", entre outras ofensas. Na ocasião, o deputado era um dos vice-líderes do governo Bolsonaro. Ele já deixou o cargo.

 

Moraes é o relator do inquérito que investiga a organização e o financiamento de atos antidemocráticos. O deputado e o blogueiro são investigados no inquérito.

 

"O que em princípio parecia apenas ser a contestação da verdade de um fato, transformou-se, ao final de uma live, [...] uma coação contra uma autoridade que deferira [...] medidas cautelares que tinham, entre outras pessoas, Sara Giromini e o próprio denunciado como alvos", afirmou a PGR.

 

"Essa primeira difamação é seguida da expressão 'pode vir quente que eu tô fervendo', [...] a revelar ainda que de forma velada, a utilização da violência moral, de modo a constranger futuras intervenções do ministro Alexandre de Moraes", completou.

 

Crimes contra a honra

 

Na denúncia, a PGR detalhou a conduta de Otoni de Paula e associou a ação do parlamentar aos crimes contra a honra.

 

"Os impropérios contra a autoridade judiciária em questão prosseguem com uma injúria e mais duas difamações. Ao chamá-lo de 'canalha', o denunciado atribui a sua excelência a pecha de pessoa desprezível, mau caráter, pouco honesta ou que procede com fraude", argumentou a procuradoria.

 

A PGR avalia que, "ao sugerir que o relator já pode ter precisado de dinheiro de amigos ligados a organizações reconhecidamente criminosas, refere-se a ele, por meias-palavras, como alguém associado à prática de crimes, que se deixa corromper” – G1.

 

Carlos Magno

 

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