O Ministério Público de Pernambuco denunciou nesta
terça-feira, 14, Sari Corte Real pela morte do menino Miguel, 5 anos, que caiu
do prédio onde a primeira-dama de Tamandaré mora, no Recife.
Sari foi denunciada por abandono de incapaz com resultado de
morte, combinado com artigos do Código Penal Brasileiro que agravam as penas
por o crime “ter sido contra criança em meio à conjuntura de calamidade
pública”, na pandemia da covid-19.
Se condenada, Sari pode pegar de quatro a 12 anos de prisão
A primeira-dama de Tamandaré estava responsável pelo por
Miguel quando o menino, que é filho da sua ex-empregada doméstica, caiu do 9º
andar do Edifício Píer Maurício de Nassau, no bairro São José. A mãe da
criança, Mirtes Souza, havia saído do apartamento para passear com a cadela da
patroa.
Em junho. Sarí já havia sido indiciada pela Polícia Civil
pelo crime de abandono de incapaz com resultado de morte.
A denúncia foi feita à 1ª Vara de Crimes contra a Criança e
Adolescente da Capital pelo promotor de Justiça Criminal Eduardo Tavares.
‘Fiz tudo o que
podia’
Em entrevista ao “Fantástico”, da TV Globo, no dia 5 de
julho, Sari Corte Real disse que não apertou o botão do elevador e que não
imaginava que uma tragédia poderia acontecer.
Sari também alegou que prestou socorro e levou o menino e a
mãe ao hospital.
Funcionária fantasma
de Tamandaré
Mirtes Renata de Souza, mãe de Miguel, foi contratada como
servidora pública da Prefeitura de Tamandaré. Entretanto, a moça exercia a
profissão de empregada doméstica na residência do prefeito da cidade, Sérgio
Hacker Corte Real (PSB).
De acordo com o jornal Extra, no dia 1º de fevereiro de
2017, o prefeito inseriu a sua funcionária pessoal no quadro dos servidores do
município.
Na folha de pagamento da prefeitura, consta que ela recebia
um salário de R$ 1.517,57 até março de 2020. Nos dois últimos meses, abril e
maio, o pagamento baixou para R$ 1.093,62, que é o valor atual do salário
mínimo.
Na descrição do contrato, a carga horária de Mirtes aparece
com um total de zero horas semanais, o que pode ser entendido como “funcionária
fantasma”.
Ainda de acordo com a publicação, o Tribunal de Contas do
Estado de Pernambuco (TCE-PE) confirmou que deu início as investigações na
Prefeitura de Tamandaré – MSN Notícias.
Carlos Magno
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