A Polícia Civil de Minas Gerais informou que instaurou
inquérito neste final de semana para investigar a morte de uma mulher de 52
anos que foi esquartejada e teve partes do corpo deixadas numa mala, no bairro
Canaã, limite entre Belo Horizonte e Santa Luzia. O principal suspeito de ter
assassinado e cortado a vítima em vários pedaços é um de seus filhos, de 30
anos, que morava com ela e faz tratamento por conta de transtornos
psiquiátricos.
O homem foi preso em flagrante na última sexta-feira (24),
dentro de uma igreja, no momento em que rezava. O suspeito estava muito confuso
— não se sabe se por uso de entorpecentes, remédios ou por alteração em seu
estado mental —, e não foi possível obter mais claramente, em um primeiro
momento, informações de como o crime ocorreu, de acordo com a polícia.
Rapaz teria pago um homem que faz carreto (fretamento)
para deixar o corpo em um terreno baldio (Foto: O Tempo)
Segundo a delegada Adriana Rosa, titular da investigação,
relatos de testemunhas e o histórico de brigas entre mãe e filho levam a crer
que o filho matou a mulher.
O homem está detido no Ceresp Gameleira, em Belo Horizonte.
Carro contratado para
levar o corpo
A delegada Adriana Rosa disse em entrevista coletiva na
tarde do último sábado que a polícia foi chamada ao local assim que o corpo, em
vários pedaços, foi localizado dentro de uma mala. A cabeça e algumas vísceras ainda
não foram encontradas.
Com imagens de câmeras de segurança e o relato de uma
testemunha ocular, descobriu-se que uma Saveiro foi usada para descartar a mala
e ainda outros objetos. O dono do veículo, habituado a fazer carretos
(fretamentos), disse aos investigadores que tinha sido contratado por R$ 50
pelo filho da vítima para transportar os objetos e a mala, que foram colocados
na caçamba pelo próprio suspeito.
Junto com esses objetos foi encontrado um papel com o nome
da mulher, mas só foi possível identificá-la oficialmente pela digital.
"O autor [do crime] estava meio confuso, não tinha
falas conexas, não se sabe se por efeito de drogas ou de remédios, ou por um
estado de confusão mental. Ele estava em tratamento", afirma Rosa.
"Não se tinha notícias de violência, mas atritos eram muito frequentes com
a mãe.".
A delegada informou que o homem chegou a ir a uma consulta
psiquiátrica após o crime, onde permaneceu por duas horas, mas não mencionou o caso.
Além do filho, também morava com a mulher seu companheiro,
mas ele estava fora da cidade a trabalho.
O prazo para a conclusão da investigação é de dez dias –
UOL.
Carlos Magno
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