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26/08/2020

Vice-presidente Hamilton Mourão quer ensino pago em universidades públicas para quem pode pagar


O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu, nesta quarta-feira (26/8), que estudantes que tenham mais recursos paguem por ensino em universidades públicas. "É algo que nós temos que pensar hoje seriamente, sem preconceitos, porque seria um recurso que poderia ser canalizado para aqueles jovens que precisam de financiamento e pagaram uma universidade privada. Seria uma compensação muito justa isso aí", disse.

 

As afirmações foram feitas em aula magna das instituições de ensino superior mantidas do grupo Ser Educacional. O vice-presidente foi questionado sobre o que o governo está fazendo para tentar aumentar o percentual de estudantes nas universidades, em especial pensando que parte não pode pagar pelo ensino superior.



 

"Nós temos um paradoxo, que eu gostaria de trazer para todos, que é uma visão que eu tenho de longa data, que é nós termos dentro da universidade federal gente que poderia pagar os seus custos recebendo um ensino de graça e, posteriormente, não devolvendo nada para o país. Simplesmente é formada e passa única e exclusivamente a lidar com a sua vida privada. Eu digo isso de cadeira, porque a minha filha, que é advogada, e meu filho, que é administrador, estudaram em universidade federal, e eu poderia ter pago algo, o que seria normal", disse.

 

Conforme Mourão, é preciso buscar espaço fiscal e fontes de financiamento para aumentar a quantidade de pessoas nas instituições de ensino superior. "E uma fonte de financiamento seria, não tenho o dado numérico, mas ouso arriscar que uns 60% dos que frequentam universidade federal têm condições de pagar. O pagamento que eles fizessem serviria para que mais alunos ingressarem no setor privado e, consequentemente, nós aumentássemos o nosso percentual de jovens com curso superior", pontuou.

 

Mourão frisou que compete ao governo facilitar o acesso ao ensino superior por meio de financiamentos para o estudante que não tem a disponibilidade de recurso para tal. "Nós estamos atrasados nisso. Eu reconheço", disse. O vice-presidente lembrou, ainda, que o estado enfrenta uma grave crise fiscal, o que dá pouco espaço para soluções que utilizem recursos públicos.

 

"A discussão que está sendo travada no interior do governo, em torno de programas sociais, e aí se inseriria uma linha de crédito para que nós conseguíssemos trazer parcela da população que não consegue ingressar no ensino superior, seja pela dificuldade de prosseguir nos estudos ou falta de recursos financeiros para arcar com os custos de uma universidade", disse – Correio Braziliense.

 

Carlos Magno

 

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