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28/08/2020

Rombo nas contas do governo supera R$ 500 bilhões até o mês de julho e já é o pior resultado da história


As contas do governo registraram déficit primário de R$ 505,187 bilhões de janeiro a julho deste ano, o pior desempenho da série histórica, iniciada em 1997, ou seja, em 24 anos. O resultado reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central.

 

O rombo recorde está relacionado ao aumento de despesas para combater a pandemia do novo coronavírus e à queda na arrecadação diante do tombo na atividade econômica e do adiamento no prazo de pagamento de impostos.



 

A receita líquida teve redução de 14,6%, em termos reais, nos sete primeiros meses deste ano. No período, houve um adiamento no pagamento de R$ 81,3 bilhões em tributos, enquanto a diminuição do IOF crédito totalizou R$ 6,3 bilhões.

 

Do lado da despesa, houve uma alta de 45% até julho de 2020. Os gastos com o combate à crise sanitária somaram R$ R$ 273,4 bilhões, de um total de R$ 505 bilhões aprovados até o final de julho.

 

Para este ano, a meta fiscal admitia déficit primário (ou seja, despesas maiores que as receitas) de até R$ 124,1 bilhões. Entretanto, a aprovação pelo Congresso do decreto de calamidade pública para o enfrentamento da pandemia autoriza o governo a descumprir essa meta em 2020. Em 2019, o rombo do governo central ficou em R$ 95,065 bilhões.

 

Somente em julho, as contas do governo apresentaram um rombo de R$ 87,835 bilhões, o pior resultado mensal da história para este mês. No mesmo período de 2019, o déficit fiscal somou R$ 5,934 bilhões. Houve, no entanto, uma melhora na comparação com o mês de junho – quando o déficit primário nas contas do governo somou R$ 194,7 bilhões.

 

O rombo do mês passado foi menor que as expectativas do mercado financeiro, cuja mediana apontava um déficit de R$ 94,35 bilhões, de acordo com levantamento do Projeções Broadcast com 20 instituições financeiras.

 

Em julho, as receitas tiveram queda real de 20% em relação a igual mês do ano passado. As despesas subiram 45% na mesma comparação, já descontada a inflação, devido ao aumento dos gastos para fazer frente à pandemia do coronavírus.

 

Em 12 meses, o governo central apresenta déficit de R$ 567,4 bilhões - equivalente a 7,87% do PIB – Estadão.

 

Carlos Magno

 

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