A Polícia Civil do Rio investiga se o ex-policial militar
Rogério Fonseca de Oliveira, de 56 anos, preso por suspeita de abusar da
própria filha desde os 10 anos, teria abusado sexualmente de outra menina. As
informações são do delegado-titular da 79ª DP (Jurujuba), Gabriel Ferrando.
Rogério foi preso na manhã desta terça-feira (1). Ele é
suspeito de estuprar a própria filha durante cerca de oito anos, quando a menor
tinha entre 10 e 18 anos de idade.
"Recebemos informações de que ele teria abusado de uma
outra menina, uma prima. O crime teria acontecido há muito tempo, poderia estar
prescrito. Mas vamos investigar a situação mesmo assim. Como essa suposta outra
vítima vive fora do estado do Rio, poderemos ouvi-la por meio de carta
precatória", explicou o delegado.
Rogério, que pediu desligamento da Polícia Militar e
atualmente trabalhava como motorista de aplicativos de transporte, foi
encontrado na casa da mãe, em Itaguaí, Região Metropolitana do Rio.
Segundo o delegado, o suspeito não nega os fatos pelos quais
é acusado. No entanto, tenta justificar suas ações usando uma estratégia muito
específica, que surpreendeu até mesmo os policiais.
"É absurdo, mas em sua defesa ele diz que começou a
manter relações com a filha a partir do momento que ela completou 14 anos. É
inacreditável, mas na cabeça dele, essa seria uma forma de atenuar o crime que
cometeu", afirmou o delegado.
O telefone celular e o notebook do ex-PM estão sendo
analisados para saber se ele possuía material gravado dos abusos sexuais
cometidos contra a filha.
Temendo que, uma vez livre, possa vir a ameaçar parentes, a
polícia pediu ao Ministério Público para que a prisão de Rogério deixe de ser
temporária (30 dias) e passe a ser preventiva. Dessa forma, ele permaneceria
preso durante todo o processo.
Rogério foi transferido para o Complexo Penitenciário de
Gericinó ainda na terça-feira.
Mulheres efetuaram a
prisão
Todo o trabalho de investigação e prisão de Rogério foi
feito por policiais civis mulheres.
"Montamos uma força-tarefa formada totalmente por
mulheres. Elas ficaram muito tocadas com a situação narrada pela vítima e
fizeram questão de estar à frente da prisão de Rogério", ressaltou o
delegado – G1.
Carlos Magno
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