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11/09/2020

Covid-19 já contribuiu para triplicar taxa de depressão, aponta novo estudo da Universidade de Boston


Um estudo inédito realizado na Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston (BUSPH, na sigla em inglês) revelou que 27,8% dos adultos norte-americanos apresentavam sintomas de depressão em meados de Abril, em comparação com apenas 8,5% antes da pandemia da Covid-19, revelou a revista cientifica ‘Science Daily‘.

 

A pesquisa, publicada na ‘JAMA Network Open’, também descobriu que os rendimentos e a economia são os principais indicadores de depressão em tempos de pandemia.



 

“Observou-se que a depressão na população em geral após eventos traumáticos de larga escala anteriores, duplicou”, afirma o principal autor do estudo, Sandro Galea, citando exemplos como o 11 de Setembro, o Surto de Ebola e a agitação civil em Hong Kong.

 

O responsável acrescenta: “Ficamos surpreendidos ao verificar estes resultados no início, contudo, outros estudos já realizados sugerem consequências em escala semelhante para a saúde mental”. Esses estudos foram conduzidos sobretudo na Ásia e focados em populações específicas, como profissionais de saúde e estudantes universitários.

 

Já o novo estudo da BUSPH é o primeiro nacionalmente representativo nos EUA a avaliar a mudança na prevalência de depressão antes e durante a Covid-19, através do Questionário de Saúde do Paciente-9 (PHQ 9), a principal ferramenta de rastreio de depressão.

 

Os investigadores usaram dados de 5.065 participantes da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição 2017-2018 (NHANES), e de 1.441 participantes no estudo COVID-19 Impacto do Stress de Vida na Saúde Mental e Bem-Estar (CLIMB, na sigla em inglês), realizado entre 31 de Março e 13 de Abril de 2020, quando 96% da população dos Estados Unidos tinha ordens para ficar em casa.

 

Ambas as pesquisas utilizaram o PHQ 9 para avaliar os sintomas de depressão e recolheram os mesmos dados demográficos e outros fatores relacionados à pandemia, nomeadamente perda de emprego, morte de um amigo ou familiar e problemas financeiros.

 

Em geral, os investigadores descobriram um aumento nos sintomas de depressão em todos os grupos demográficos e não ficaram surpreendidos por ver que os fatores relacionados com a crise de saúde pública, influenciavam e muito o panorama.

 

No entanto, a maior diferença demográfica resume-se ao poder econômico. O estudo descobriu ainda que, durante a Covid-19, uma pessoa com rendimentos inferiores a cinco mil dólares, tinha uma probabilidade 50% superior de apresentar sintomas de depressão do que alguém mais rico – Jetss.

 

Carlos Magno

 

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