Um estudo inédito realizado na Escola de Saúde Pública da
Universidade de Boston (BUSPH, na sigla em inglês) revelou que 27,8% dos
adultos norte-americanos apresentavam sintomas de depressão em meados de Abril,
em comparação com apenas 8,5% antes da pandemia da Covid-19, revelou a revista
cientifica ‘Science Daily‘.
A pesquisa, publicada na ‘JAMA Network Open’, também
descobriu que os rendimentos e a economia são os principais indicadores de
depressão em tempos de pandemia.
“Observou-se que a depressão na população em geral após
eventos traumáticos de larga escala anteriores, duplicou”, afirma o principal
autor do estudo, Sandro Galea, citando exemplos como o 11 de Setembro, o Surto
de Ebola e a agitação civil em Hong Kong.
O responsável acrescenta: “Ficamos surpreendidos ao
verificar estes resultados no início, contudo, outros estudos já realizados
sugerem consequências em escala semelhante para a saúde mental”. Esses estudos
foram conduzidos sobretudo na Ásia e focados em populações específicas, como
profissionais de saúde e estudantes universitários.
Já o novo estudo da BUSPH é o primeiro nacionalmente
representativo nos EUA a avaliar a mudança na prevalência de depressão antes e
durante a Covid-19, através do Questionário de Saúde do Paciente-9 (PHQ 9), a
principal ferramenta de rastreio de depressão.
Os investigadores usaram dados de 5.065 participantes da
Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição 2017-2018 (NHANES), e de 1.441
participantes no estudo COVID-19 Impacto do Stress de Vida na Saúde Mental e
Bem-Estar (CLIMB, na sigla em inglês), realizado entre 31 de Março e 13 de
Abril de 2020, quando 96% da população dos Estados Unidos tinha ordens para
ficar em casa.
Ambas as pesquisas utilizaram o PHQ 9 para avaliar os
sintomas de depressão e recolheram os mesmos dados demográficos e outros
fatores relacionados à pandemia, nomeadamente perda de emprego, morte de um
amigo ou familiar e problemas financeiros.
Em geral, os investigadores descobriram um aumento nos
sintomas de depressão em todos os grupos demográficos e não ficaram
surpreendidos por ver que os fatores relacionados com a crise de saúde pública,
influenciavam e muito o panorama.
No entanto, a maior diferença demográfica resume-se ao poder
econômico. O estudo descobriu ainda que, durante a Covid-19, uma pessoa com
rendimentos inferiores a cinco mil dólares, tinha uma probabilidade 50%
superior de apresentar sintomas de depressão do que alguém mais rico – Jetss.
Carlos Magno
VEJA TAMBÉM:
- Cheirar pum pode prevenir câncer, AVC,
ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo de universidade do Reino Unido
- Assassinato de moradores de rua em
Campina Grande-PB gera comoção: radialista faz artigo em homenagem a
"Maria Suvacão"
- UEPB vai ganhar curso de Medicina no campus de
Campina Grande. Veja detalhes
-Cliente que passar mais de 20 minutos em fila de
banco na Paraíba receberá indenização
- Jovem forja a própria morte para saber
"quais pessoas se importariam com sua ausência" e vem a público pedir
desculpas