O youtuber Felipe Neto foi eleito uma das 100 personalidades
mais influentes do mundo pela revista norte-americana Time. A lista de 2020,
divulgada nessa 3ª feira (22.set.2020), tem também o nome do presidente Jair
Bolsonaro, que já tinha feito parte do ranking de 2019.
Felipe foi incluído na categoria “Ícones“. O perfil feito
pela Time, escrito pelo deputado federal David Miranda (Psol-RJ), o descreve
como “o influenciador digital mais importante no Brasil, possivelmente no
mundo”.
O canal de Felipe no YouTube tem 39,5 milhões de
subscritores. Mais de 12 milhões de pessoas o seguem no Twitter.
“O domínio on-line de Neto não é novo. Uma década atrás, da
humilde casa de sua família no Rio de Janeiro, ele começou a criar conteúdo
para o YouTube e rapidamente encontrou fama”, escreve David. “O que mudou –
radicalmente – é a forma como Neto usa sua plataforma.”
O texto relata como Felipe Neto, desde a eleição
presidencial de 2018, tem usado sua notoriedade e visibilidade para criticar o
governo de Jair Bolsonaro. “Neto encontra Bolsonaro nas próprias plataformas de
mídia social em que o presidente navegou habilmente para divulgar informações
falsas e ganhar seguidores durante sua eleição.”
“Quando Felipe Neto fala, milhões ouvem. E sua voz agora
justa e politizada ressoa poderosamente em 1 país cuja democracia está em
perigo”, finaliza o congressista.
Bolsonaro pela 2ª vez
na lista
O presidente Jair Bolsonaro foi incluído na categoria
“Líderes“, ao lado dos presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da
China, Xi Jinping.
O texto sobre Bolsonaro foi escrito por Dan Stewart, editor
da seção internacional da Time. Segundo ele, “a história do ano no Brasil pode
ser contada em números”. O jornalista destaca alguns: “137 mil vidas perdidas
para o coronavírus. A pior recessão em 40 anos. Pelo menos 5 ministros
demitidos ou que pediram demissão. Mais de 29.000 incêndios na floresta
amazônica somente em agosto”.
Bolsonaro é apresentado como “1 presidente cujo ceticismo
teimoso sobre a pandemia e indiferença à espoliação ambiental elevou todos
esses números”.
O editor destaca que a popularidade de Bolsonaro é alta,
“apesar de uma tempestade de denúncias de corrupção e 1 dos maiores índices de
mortes por covid-19 no mundo”. Stewart diz que a aprovação do presidente é
consequência, em parte, dos pagamentos do auxílio emergencial durante a
pandemia.
O jornalista ressalta ainda o fato de Bolsonaro ter
conquistado “seguidores fervorosos”. “Para sua base, ele simplesmente não erra.
É o resto do Brasil, e do mundo, que sobra para contabilizar os custos.” –
Poder 360.
Carlos Magno
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