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03/10/2020

2ª onda do novo coronavírus: Madri impõe novo lockdown contra a Covid-19 por pelo menos 14 dias


Madri se tornou a primeira capital europeia a reinstaurar um lockdown – confinamento rígido – às 22h (horário local; 17h no horário de Brasília) desta sexta-feira (2), informou a agência de notícias Reuters. O novo bloqueio durará ao menos 14 dias, e pode ser estendido se necessário.

 

Os cerca de 4,8 milhões de habitantes da capital da Espanha e de nove cidades-satélites serão impedidos de sair da região, exceto para deslocamentos essenciais, por causa do ressurgimento da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).



 

A prefeitura madrilena, conservadora, obedeceu com relutância à ordem do governo federal, socialista, de proibir deslocamentos – a não ser para estudo, trabalho, cuidados de saúde e compras. A decisão amplia um confinamento já em vigor em áreas mais pobres da cidade, com taxas altas de infecção.

 

Restaurantes e bares fecharão mais cedo – às 23h, em vez de 1h, conforme previsto na regra anterior – e reduzirão a capacidade pela metade – assim como academias de ginástica e lojas. Madri se tornou, mais uma vez, o pior foco de infecções da Europa.

 

As restrições não são tão rígidas quanto às do lockdown anterior, de março – quando as pessoas foram proibidas de sair de casa. Reuniões de mais de seis pessoas permanecem proibidas em ambientes fechados e ao ar livre, mas, desta vez, os parques e playgrounds podem permanecer abertos.

 

Mesmo assim, os moradores estão exasperados com o embate político entre os governos central e regional, diz a Reuters, além de apreensivos sobre a eficácia das medidas.

 

"Passamos oito meses com máscaras e sem clubes noturnos e festas, e anda existe contágio. Então, que tipo de impacto estas restrições terão?", questionou Sonny van den Holstein, dono de um restaurante na capital espanhola.

 

Embates

A chefe regional de Madri, Isabel Díaz Ayuso, é contra as restrições e entrou com um recurso. Ela se preocupa com o dano econômico e acusa o governo central de ultrapassar suas prerrogativas ao ordenar as medidas: a região argumenta que as restrições não combatem adequadamente a pandemia – e que custariam 750 milhões de euros (cerca de R$ 5 bilhões) por semana para a economia local.

 

Em uma rede social, Díaz Ayuso disse, na manhã desta sexta (2), que "a partir de amanhã, será possível ir de Berlim a Madri, mas não a Parla. Obrigada pelo caos, Pedro Sánchez [premiê espanhol]". Parla é uma cidade periférica ao sul da capital.

 

O premiê, em uma cúpula da União Europeia em Bruxelas, na Bélgica, disse que o único objetivo era salvar vidas e proteger a saúde.

 

“Todas as decisões são tomadas com base em critérios de cientistas”, declarou Sánchez.

A Espanha tem quase 32 mil mortes pela Covid-19, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Com 850 casos para cada 100 mil pessoas, a área de Madri tem o pior índice de casos da doença na Europa – G1.

 

Carlos Magno

 

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