O presidente Jair Bolsonaro disse a apoiadores nesta
sexta-feira (15), ao comentar a crise da saúde pública no Amazonas, que o
governo federal fez a sua parte para ajudar o estado.
O sistema de saúde de Manaus entrou em colapso nos últimos
dias com a disparada dos casos de Covid-19. As internações e os enterros
bateram recordes, os hospitais ficaram sem oxigênio e pacientes estão sendo
enviados para outros estados.
"Problemas. A gente está sempre fazendo o que tem que
fazer. Problema em Manaus. Terrível, o problema em Manaus. Agora, agora, nós
fizemos a nossa parte. Recursos, meios. Hoje, as Forças Armadas 'deslocou' para
lá um hospital de campanha. O ministro da Saúde esteve lá segunda-feira e
providenciou oxigênio", afirmou o presidente na saída da residência
oficial do Palácio da Alvorada.
Segundo o Ministério da Defesa, as Forças Armadas vão
transportar até esta quinta-feira (14) 50 toneladas de equipamentos e materiais
para a montagem de hospital de campanha em Manaus. Entre os itens estão
barracas, equipamentos de ar-condicionado, geradores de energia, móveis e
equipamentos hospitalares. O G1 entrou em contato com a Defesa para saber se os
itens já chegaram a Manaus, e aguardava uma resposta até a última atualização
desta reportagem.
Na fala aos apoiadores, Bolsonaro ainda voltou a defender
tratamento com remédios cuja eficácia não é confirmada pela comunidade
científica.
Mourão
A jornalistas, na chegada ao Palácio do Planalto, o
vice-presidente Hamilton Mourão também comentou a situação no Amazonas. Ele
disse que governo está fazendo "além do que pode". Questionado sobre
medidas como lockdown, Mourão afirmou que a "imposição de disciplina"
não funciona no Brasil.
"O governo está fazendo além do que pode dentro dos
meios que a gente dispõe", disse Mourão.
Questionado se não faltou planejamento logístico, o
vice-presidente declarou que não se era possível prever o colapso no sistema de
saúde em Manaus. Ele citou o surgimento de uma nova cepa do vírus.
"Você não tem como prever o que ia acontecer com essa
cepa que está ocorrendo em Manaus, totalmente diferente do que tinha acontecido
no primeiro semestre", argumentou.
Para o presidente do Conselho Regional de Enfermagem do
Amazonas (Coren-AM), Sandro André, essa era uma "tragédia anunciada".
"Infelizmente, nós estamos vivendo uma tragédia
anunciada. O sistema Cofim/Coren, desde o início, nós sinalizamos que poderia
acontecer essa crise, esse caos. Infelizmente, nós estamos vivendo e
vivenciando números nunca antes visto no nosso país, e a segunda onda está
muito mais devastadora do que a primeira", afirmou – G1.
Carlos Magno
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