A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
autorizou neste domingo (17), por unanimidade, o uso emergencial das vacinas
Coronavac e da Universidade de Oxford contra a Covid-19. A reunião que discutiu
o tema durou cerca de 5 horas.
Os diretores acompanharam o voto de Meiruze Freitas,
relatora dos pedidos. No caso da Coronavac, a diretora condicionou a aprovação
à assinatura de termo de compromisso e publicação em "Diário
Oficial".
Segundo a Anvisa, somente o termo de compromisso assinado
pelo Instituto Butantan precisa ser publicado no "Diário Oficial da
União", o que pode acontecer ainda neste domingo (17) em edição extra. De
acordo com a agência, o termo já está pronto e será enviado ao instituto para
ser assinado e publicado assim que assinado.
O termo de compromisso prevendo o envio, até o dia 28 de
fevereiro, dos resultados sobre a imunogenicidade da CoronaVac foi uma das
exigências da relatora do processo para o uso emergencial. A imunogenicidade é
a capacidade que uma vacina tem de estimular o sistema imunológico a produzir
anticorpos.
Ao proclamar o resultado, o diretor-presidente da Anvisa,
Antônio Barra Torres, afirmou:
"A imunidade com a vacinação leva algum tempo para se
estabelecer. Portanto, mesmo vacinado, use máscara, mantenha o distanciamento
social e higienize suas mãos. Essas vacinas estão certificadas pela Anvisa,
foram analisadas por nós brasileiros por um tempo, o melhor e menor tempo
possível. Confie na Anvisa, confie nas vacinas que a Anvisa certificar e quando
ela estiver ao seu alcance vá e se vacine."
Durante a reunião, a relatora Meiruze Freitas declarou:
"Quanto à vacina Coronavac, desenvolvida pelo instituto
Butantan, voto pela aprovação temporária do seu uso emergencial condicionada a
termo de compromisso e subsequente publicação de seu extrato no DOU. Quanto à
vacina solicitada pela Fiocruz, voto pela aprovação temporária de seu uso
emergencial referente a 2 milhões de doses", votou a relatora.
"Guiada pela ciência e pelos dados, a equipe concluiu
que os benefícios conhecidos e potenciais dessas vacinas superam seus riscos.
Os servidores vêm trabalhando com dedicação integral e senso de urgência",
acrescentou Meiruze Freitas.
Segundo Leonardo Filho, estatístico da Anvisa, a eficácia da
Coronavac é de 50,4%, em percentual arredondado. Segundo o gerente de
Medicamentos, Gustavo Mendes, a eficácia da vacina de Oxford é de 70,42%.
Durante apresentação dos dados, Gustavo Mendes informou
ainda que a área técnica da Anvisa recomendou a aprovação do uso emergencial
das duas vacinas, "condicionada ao monitoramento das incertezas e
reavaliação periódica". Mendes também ressaltou que há aumento no número
de casos e ausência de alternativas terapêuticas.
O pedido sobre a Coronavac foi apresentado em 8 de janeiro
pelo Instituto Butantan e é referente a 6 milhões de doses importadas,
produzidas pela farmacêutica chinesa Sinovac. O Butantan também desenvolve a
vacina no Brasil.
O pedido sobre a vacina de Oxford foi apresentado em 8 de
janeiro pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e é referente a 2 milhões de doses
importadas do laboratório Serum, da Índia, que produz a a vacina desenvolvida
pela universidade do Reino Unido e pelo laboratório AstraZeneca. A Fiocruz
também desenvolve a vacina no Brasil – G1.
Carlos Magno
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