O presidente Jair Bolsonaro afirmou na última sexta-feira
(15) que o Governo Federal não aguenta seguir com o pagamento do auxílio
emergencial e justificou que uma eventual retomada do benefício pago em 2020
devido à pandemia pode levar ao aumento da taxa de juros e da inflação.
Segundo o presidente, os 9 meses de pagamento do auxílio
emergencial no ano passado não se deram com recursos em caixa, mas sim com
endividamento, que foi de cerca de R$ 700 bilhões no período. “A gente não
aguenta continuar pagando o auxílio emergencial”, disse Bolsonaro em entrevista
à TV.
Bolsonaro afirmou que a taxa de juros da economia (2% a.a),
pode voltar aumentar e que o pior que pode ocorrer é a volta da inflação. Para
o presidente, a despeito da elevação do número de casos e mortes por
coronavírus, os brasileiros na faixa etária abaixo de 50 anos podem trabalhar
“sem problema nenhum”.
Ele repetiu que idosos e pessoas com comorbidades é que
deveriam se cuidar. “O resto tem que continuar a trabalhar porque a vida
continua”, disse. O presidente também destacou que não haverá qualquer tipo de
tabelamento de preços e que, se a medida ocorresse, produtos sairiam da
prateleira e iriam para o “câmbio negro”.
Na mesma entrevista, o presidente afirmou que “tinha que
estar na praia numa hora dessas”, ao se referir à atuação do governo federal no
enfrentamento à pandemia de coronavírus em Estados e municípios e citar a
situação de Manaus, que passa por crise em razão do aumento dos casos e mortes
pela doença e dificuldades do suprimento de oxigênio para dar suporte a pacientes
– Forbes.
Carlos Magno
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