Entidades de produtores rurais nos Estados organizam para o
dia 15 de maio atos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, contra o Supremo
Tribunal Federal (STF) e pelo fim das medidas de isolamento social adotadas por
governadores e prefeitos. Os organizadores afirmam ter o apoio de mais de 100
sindicatos rurais e pretendem mobilizar manifestantes para se concentrar na
Granja do Torto, em Brasília, uma das residências oficiais do presidente.
Os eventos têm como principais articuladores a Associação
Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), a Associação Nacional de
Defesa dos Agricultores, Pecuaristas e Produtores da Terra (Andaterra) e a
Associação dos Cafeicultores do Brasil (Sincal). A mobilização é feita por meio
de sindicatos vinculados às federações da Confederação Nacional da Agricultura
e Pecuária (CNA).
A movimentação acontece em um momento em que Bolsonaro se vê
pressionado pela CPI da Covid, que apura se houve falhas e omissões do governo
federal no combate à pandemia. A CPI vai ouvir nesta semana o ministro da
Saúde, Marcelo Queiroga, e todos os ex-titulares da pasta na gestão Bolsonaro –
Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello.
Os atos também são um prenúncio da campanha de 2022. O
principal concorrente de Bolsonaro na disputa é o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, que recuperou os direitos políticos após decisão do Supremo.
Também foi a Suprema Corte que determinou a abertura da CPI da Covid no Senado.
“Respeito à liberdade do povo, fim das políticas de
lockdown, eleições com voto auditável. Estas são as pautas que o Movimento
Brasil Verde e Amarelo, o agro e o povo pela democracia defenderão durante a
manifestação do dia 15 de maio, em Brasília e nas principais capitais e cidades
do País”, disse a presidente da Comissão de Agricultura, deputada Aline
Sleutjes (PLS-PR) nas redes sociais.
Ex-presidente do PSL em Sinop (MT), o produtor rural Emerson
Antoniolli é um dos organizadores do evento. Os atos, no entanto, não contam
com o apoio oficial da bancada ruralista do Congresso. “Nós, da Frente
Parlamentar Agropecuária, não estamos por dentro e também não nos envolvemos
nesses atos”, disse o coordenador da bancada, deputado Sérgio Souza (MDB-PR),
ao Estadão.
Procurada, a CNA não respondeu à reportagem até a publicação
deste texto – Estadão.
Carlos Magno
VEJA TAMBÉM:
- Cheirar pum pode prevenir câncer, AVC,
ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo de universidade do Reino Unido
- Assassinato de moradores de rua em
Campina Grande-PB gera comoção: radialista faz artigo em homenagem a
"Maria Suvacão"
- UEPB vai ganhar curso de Medicina no campus de
Campina Grande. Veja detalhes
-Cliente que passar mais de 20 minutos em fila de
banco na Paraíba receberá indenização
- Jovem forja a própria morte para saber
"quais pessoas se importariam com sua ausência" e vem a público pedir
desculpas