O corpo da estudante de psicologia Rebeca Cristiny
Damasceno, de 28 anos, foi encontrado às margens de um rio no município
paranaense Campo do Tenente, na região metropolitana de Curitiba, quase duas
semanas após ela ter sido sequestrada em um bar. A universitária estava
desaparecida desde 30 de maio.
A principal suspeita é de que ela tinha sido raptada pelo
ex-cunhado Edson Júnior Mattger, de 24 anos, que está foragido após a Justiça
expedir um mandado de prisão no último dia 6. Um adolescente de 16 anos também
estaria envolvido no crime.
Foto: Reprodução/Redes Sociais
De acordo com as investigações, os dois entraram em um bar
onde a vítima estava reunida com amigos e a arrastaram pelo cabelo até um
carro. Cerca de 30 minutos depois, a dupla voltou ao estabelecimento e ameaçou
de morte as pessoas presentes, caso denunciassem o que havia acontecido. A
polícia acredita que universitária tenha sido morta nesse intervalo.
— O Edson não foi nada discreto. Havia quatro pessoas no
bar, além da vítima. Ele já entrou de arma em punho e, junto com outro menor de
idade, a arrastaram pelo cabelo e levaram para o carro. Cerca de três horas
depois, ele levou o carro para uma cidade vizinha e o deixou ali, inclusive com
drogas — disse o delegado Sérgio Luiz Alves, responsável pelo caso.
No veículo, modelo EcoSport, abandonado na cidade vizinha de
Rio Negro, foram encontrados 800 gramas de cocaína e quase 1kg de maconha. O
carro, segundo as autoridades, só era usado pelo suspeito em situações
excepcionais.
Os investigadores acreditam que a motivação do crime se deu
por raiva da família, que, na visão dele, o teria abandonado enquanto esteve
preso, e por suspeitar que a ex-cunhada repassou informações sobre uma carga de
drogas apreendida, a qual seria comercializada por Mattge. Ele foi preso em
2019, quando passou cerca de oito meses na cadeia, por homicídio — crime pelo
qual responderá em juízo. Além disso, Mattge já fora detido em flagrante em
outras duas ocasiões por porte ilegal de armas e tinha um mandado de prisão em
aberto por tráfico de drogas.
— Durante essa prisão, ele foi abandonado pela ex-esposa.
Saiu de lá enfurecido com a família como um todo. Recentemente, ele continuou
na vida do tráfico. Perdeu parte de uma quantidade de drogas que ele tinha
encaminhado para determinado lugar e passou a acreditar que a irmã da ex-mulher
dele teria passado informação que levou à apreensão dessa droga. Muito
provavelmente o crime se desdobra nessas duas situações — afirmou o delegado.
Segundo familiares, o crime teria ocorrido por vingança.
Isso porque a universitária chegou a denunciá-lo por agredir a ex-esposa e irmã
de Rebeca. Não há registros de prisão vinculados ao episódio.
— Foi por vingança. A Rebeca denunciou ele por ter tentado
matar a ex-esposa, que é irmã dela, e ele ainda agrediu a Rebeca. Ele tinha
jurado vingança — disse Rosana Cardozo, tia da universitária. — Está muito
difícil para a família pela forma como ela morreu. A gente está esperando a
justiça.
O corpo de Rebeca foi encontrado flutuando no Rio Várzea, a
cerca de 400 metros da ponte que estabelece a divisa entre Campo do Tenente e
Lapa. Após localizá-lo, um pescador acionou as autoridades. Até o momento, o Instituto
Médico Legal (IML) não concluiu a causa da morte.
ÉPOCA tentou contato com o advogado de Mattge, mas não
obteve retorno até a publicação. O espaço segue aberto a manifestação – Extra.
Carlos Magno
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