É triste e lamentável, mas o Brasil atingiu neste sábado (19) a triste marca de meio milhão de mortos em decorrência da Covid-19. E esta marca é ultrapassada num momento em que a principal autoridade do país, o seu presidente da República, questiona a eficácia das vacinas contra a doença.

A desconfiança de Jair Bolsonaro vai de encontro a todas as demais nações do mundo que, ao priorizar a vacinação da população, viu uma redução considerável no número de mortos pela doença. E vai de encontro ao que pensa a comunidade científica nacional e internacional.

Foto: Montagem/Pixabay

Aqui mesmo no Brasil temos o exemplo da cidade de Serrana, no interior de São Paulo, que vacinou sua população e hoje apresenta as menores taxas do país.

Aliás, em Serrana a vacinação foi feita com a Coronavac, vacina que virou alvo principal do presidente por ter sido produzida no Instituto Butantan, em São Paulo, estado governado por João Dória, um adversário político. Esta semana Bolsonaro questionou, por mais de uma vez, a Coronavac, afirmando que sua eficácia não tem comprovação científica.

Intrigante mesmo é que, nesta mesma semana, o governo federal comemorou a chegada de mais doses da Coonavac, o que não deixa de ser um enorme contrassenso: o governo que afirma não existir eficácia da Coronavac é  mesmo que investe milhões na compra de doses do imunizante.

A verdade é que o Brasil atinge esta triste marca com seu mandatário principal trabalhando contra as únicas medidas cientificamente comprovadas, que podem minimizar os efeitos da pandemia: distanciamento, uso de máscaras e vacina.

Que Deus tenha misericórdia de todos nós...

Carlos Magno

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