O bebê resgatado por policiais em uma boca de fumo em Pontes
e Lacerda, a 487 km de Cuiabá, no último dia 08 deste mês, foi penhorado pela
mãe, de 28 anos, devido a uma dívida de pouco mais de R$ 200 que ela tinha com
os traficantes do local, conforme denúncias recebidas pela Polícia Militar.
O tenente-coronel que ajudou no resgate, Sandro Barbosa,
contou que a pessoa que estava com a criança na casa não tinha nenhum vínculo
sanguíneo com a família da mãe do bebê.
Foto: Divulgação/PMMT
“O que apuramos no momento da ocorrência é que a mãe
desesperada com a dívida de drogas, que não passava de R$ 300, deixou a criança
como forma de garantia de pagamento e o pessoal da casa aceitou. Mas não se
pode mensurar o valor de uma vida humana”, disse.
A denúncia sobre a penhora chegou ao Conselho Tutelar por
meio de testemunhas. Em seguida, a Polícia Militar foi acionada para fazer o
resgate.
A mãe ainda não foi localizada.
“A mãe é uma viciada conhecida na cidade há mais de 10 anos.
Ela teve cinco filhos e perdeu a guarda de todos, com exceção de um que morreu
ainda criança”, contou.
Segundo o tenente, apesar do depoimento de testemunhas e indícios
colhidos no local, os policiais não puderam prender as duas mulheres que
estavam com o bebê na casa. Elas negaram que estavam com a vítima como forma de
pagamento.
“De um lado temos uma denúncia anônima e de outro lado temos
as pessoas negando essa penhora. Elas alegam que conhecem a mãe da criança e
que estavam apenas fazendo um favor de cuidar, mas sabemos que a realidade não
é essa. Se a mãe não aparecesse para pagar a dívida, eles ficariam com a
criança”, pontuou.
A casa onde estava o bebê já foi alvo de denúncias de
tráfico de drogas duas vezes, segundo a polícia.
Retirada da guarda e
adoção
O policial disse ainda que já há um processo em andamento
para que o bebê resgatado também seja retirado do convívio da mãe. Em seguida,
ele deve ser encaminhado para adoção.
Na segunda-feira (7), o juiz Cláudio Deodato Rodrigues
Pereira, da 2ª Vara de Pontes e Lacerda, havia retirado temporariamente a
guarda da criança da mãe.
A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público de Mato
Grosso (MPE) que já tinha conhecimento das atitudes de negligência da mulher.
O primeiro filho dela morreu aos 2 anos, o segundo e o
terceiro estão com pessoas que não são da família dela. Uma quarta criança está
em um abrigo.
O MPE soube que ela estava frequentando bocas de fumo com o
filho recém-nascido e entrou com o pedido na Justiça de Mato Grosso.
De acordo com a Justiça, o bebê estava sob os cuidados da
avó materna que tem problemas cardíacos e não pode cuidar com o neto – G1.
Carlos Magno
VEJA TAMBÉM:
- Cheirar pum pode prevenir câncer, AVC,
ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo de universidade do Reino Unido
- Assassinato de moradores de rua em
Campina Grande-PB gera comoção: radialista faz artigo em homenagem a
"Maria Suvacão"
- UEPB vai ganhar curso de Medicina no campus de
Campina Grande. Veja detalhes
-Cliente que passar mais de 20 minutos em fila de
banco na Paraíba receberá indenização
- Jovem forja a própria morte para saber
"quais pessoas se importariam com sua ausência" e vem a público pedir
desculpas