Começou o depoimento de Carlos Wizard, empresário apontado
como integrante do “gabinete paralelo” de aconselhamento ao presidente
Bolsonaro no enfrentamento à pandemia. Wizard já foi inserido na lista de
investigados da CPI. Omar Aziz (PSD-AM) informou que caso o depoimento seja a
contento, não há necessidade de reter o passaporte do depoente.
Em sua fala inicial, Carlos Wizard explicou por que não
compareceu à CPI na primeira convocação. Alegou que estava nos Estados Unidos
cuidando do pai, idoso e acamado, e de uma filha, que está prestes a dar à luz
em uma gravidez de risco. "O que os senhores fariam se estivessem na minha
condição?", perguntou aos senadores.
Foto: Agência Senado
Porém, após a fala inicial, Carlos Wizard disse que se
valerá da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que lhe permite ficar em
silêncio. Em sua declaração inicial, afirmou ter conhecido o general Eduardo
Pazuello, ex-ministro da Saúde, durante missão humanitária em Roraima. Negou
ter conhecimento da existência de um "gabinete paralelo" de
aconselhamento ao presidente da República. Lendo declaração escrita, justificou
sua defesa do tratamento precoce para covid-19 alegando que o entendimento da
ciência evoluiu. E disse apoiar a imunização da população.
Após exibir vídeos de Carlos Wizard em entrevistas afirmando
ser conselheiro do Ministério da Saúde, o relator, Renan Calheiros (MDB-AL),
inicia uma série de questionamentos sobre a participação do empresário no grupo
de aconselhamento do governo federal responsável pelas medidas de combate à
pandemia. O depoente diz que, respeitosamente, se reserva “o direito de
permanecer em silêncio” – Agência Senado.
Carlos Magno
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