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22/07/2021

Youtube remove vídeos de Bolsonaro por abordar a Covid-19 com “sérios riscos de danos significativos”


O YouTube removeu vídeos, incluindo transmissões ao vivo, do canal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta quarta-feira (21). Segundo a rede social, os conteúdos foram bloqueados por violar as políticas de informações que proíbem a abordagem sobre a COVID-19 que apresente "sérios riscos de danos significativos".

 

A assessoria declarou que os vídeos mencionavam que hidroxicloroquina e/ou ivermectina são eficazes para tratar ou prevenir COVID-19, que há uma cura para a doença, e que as máscaras não funcionam para evitar a propagação do vírus.



Foto: Reprodução/Youtube

 

A empresa disse ainda que aplica as diretrizes "de forma consistente em toda a plataforma, independentemente de quem seja o produtor de conteúdo ou de visão política”.

 

O YouTube não informou quantos e quais vídeos foram retirados do ar.

 

Em maio, a plataforma já havia deletado 12 produções do canal do presidente Jair Bolsonaro por violação da mesma regra que proíbe a recomendação de cloroquina e ivermectina contra Covid. Antes disso, outros 5 vídeos também foram removidos.

 

A exclusão dos conteúdos sobre esse tema começou após uma atualização da política de uso do YouTube feita em abril.

 

Pelas regras da plataforma, 3 violações da política de uso em 90 dias podem levar um perfil a ser tirado do ar. Mas o canal de Bolsonaro segue no ar.

 

Na primeira ocasião, o YouTube disse ao G1 que vídeos publicados antes da vigência da nova política não geram punições ao canal.

 

Questionado sobre a possibilidade do perfil do presidente na rede social sair do ar devido a quantidade de violações, o YouTube não respondeu.

 

O que diz a política do YouTube

 

A plataforma informou em abril que serão retirados vídeos que tenham:

 

- conteúdo que recomenda o uso de ivermectina ou hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19;

- conteúdo que recomenda o uso de ivermectina ou hidroxicloroquina para prevenção da Covid-19;

- afirmações de que ivermectina ou hidroxicloroquina são tratamentos eficazes contra a Covid-19;

- alegações de que há um método de prevenção garantido contra a Covid-19;

- afirmações de que determinados remédio ou vacinas são uma cura garantida para a Covid-19.

 

Além disso, em suas diretrizes, o YouTube diz que "também não é permitido o envio de conteúdo que dissemine informações médicas incorretas que contrariem as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS)".

 

De acordo com a empresa, a conduta mencionada vale para:

 

- tratamento;

- prevenção;

- diagnóstico;

- transmissão;

- diretrizes sobre distanciamento social e autoisolamento;

- e a existência da Covid-19.

 

Íntegra YouTube

 

"Após análise cuidadosa, removemos vídeos do canal Jair Bolsonaro por violar nossas políticas de informações médicas incorretas sobre a COVID-19. Nossas regras não permitem conteúdo que afirma que Hidroxicloroquina e/ou Ivermectina são eficazes para tratar ou prevenir COVID-19; garante que há uma cura para a doença; ou assegura que as máscaras não funcionam para evitar a propagação do vírus. Essas diretrizes estão de acordo com a orientação das autoridades de saúde locais e globais e atualizamos nossas políticas conforme as mudanças nessas orientações. Aplicamos nossas políticas de forma consistente em toda a plataforma, independentemente de quem seja o produtor de conteúdo ou de visão política." – G1.

 

Carlos Magno

 

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