Um homem de 56 anos diz ter sido obrigado a tirar parte da
roupa em um supermercado de Limeira, em São Paulo, para provar que não tinha
furtado nada da loja, nesta sexta-feira (6/8). Um vídeo registrou o momento.
Nas imagens, é possível ver o homem chorando e rodeado de seguranças.
Emocionado, o homem teria tirado a roupa na tentativa de provar que não tinha
pegado nada. Um boletim de ocorrência foi registrado por constrangimento.
Ao jornal EPTV, a esposa do homem disse que o marido tinha
ido ao supermercado pesquisar preços e, por ter saído sem comprar nada, foi
abordado por funcionários do estabelecimento.
Foto: Divulgação
O caso aconteceu na rede atacadista Assaí. Por nota, o
supermercado disse que afastou o segurança envolvido na ação, imediatamente, e
nesta segunda-feira foi feito o desligamento dele. Além disso, a rede disse
abriu uma sindicância para apurar o que aconteceu e que entrou em contato com a
família do cliente para prestar assistência.
"O Assaí combate a violência, a intolerância e a
discriminação, sejam elas de qualquer natureza, por meio de ações de
conscientização, treinamento, compromissos públicos e manuais internos com
orientação para os colaboradores e rede de relacionamentos, todos baseados no
código de ética e na política de direitos humanos e de diversidade. No último
semestre foram realizadas mais de 24 mil horas de treinamento sobre estes temas
aos funcionários. A cia reitera que não tolera abordagens que fazem qualquer
juízo de valor em relação à classe social, orientação sexual, raça, gênero ou
qualquer outra característica", diz a nota.
Outros casos
Em 2020, um homem negro foi morto dentro de um supermercado
da rede Carrefour em Porto Alegre. Na semana passada, a rede foi condenada a
pagar cerca de R$ 3 milhões em honorários aos advogados da Educafro e do Centro
Santo Dias, entidades civis que participaram da elaboração do acordo firmado
após a morte de João Alberto Silveira Freitas. O acordo foi firmado em R$ 115
milhões, o maior já fechado no Brasil por questões raciais, e será usado para ações
de combate ao racismo.
Nota completa Assaí
"A empresa se desculpa pela abordagem indevida que
causou o constrangimento ao sr. Luiz Carlos na última sexta-feira na unidade de
Limeira. A companhia recebeu com indignação as imagens dos vídeos e se solidariza
totalmente com o cliente. Como decisão imediata, ainda no final de semana, foi
aberto um processo interno de apuração, realizado o afastamento do empregado
responsável pela abordagem e, hoje, concluído o seu desligamento. A companhia
também entrou em contato com a família do cliente, tão logo soube do ocorrido,
se desculpando e se colocando à disposição para qualquer necessidade que ele
tenha. Outras providências necessárias serão tomadas tão logo a investigação
estiver encerrada. O caso deixa a companhia certa de que precisa reforçar ainda
mais os processos com a loja em questão e todas as demais.
A empresa repudia qualquer ato que infrinja a legislação
vigente e os direitos humanos. Considera o respeito como uma premissa
fundamental para a boa convivência entre todos(as). O Assaí combate a
violência, a intolerância e a discriminação, sejam elas de qualquer natureza,
por meio de ações de conscientização, treinamento, compromissos públicos e
manuais internos com orientação para os colaboradores e rede de
relacionamentos, todos baseados no código de ética e na política de direitos
humanos e de diversidade. No último semestre foram realizadas mais de 24 mil
horas de treinamento sobre estes temas aos funcionários. A cia reitera que não
tolera abordagens que fazem qualquer juízo de valor em relação à classe social,
orientação sexual, raça, gênero ou qualquer outra característica. O Assaí está
ciente do seu papel e sua responsabilidade perante a sociedade, os mais de 50
mil colaboradores e milhões de clientes que passam diariamente em nossas lojas
– por isso, valoriza e respeita a diversidade em todas as suas formas de
expressão." – Correio Braziliense.
Carlos Magno
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