O episódio envolvendo os quatro jogadores da Argentina que foram retirados de campo na tarde deste domingo (05) pela Polícia Federal e Anvisa, aos 6 minutos da partida entre Brasil e Argentina, válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, poderia ter sido um fato para mostrar que, no Brasil, há leis e que elas são cumpridas. Porém, não é o que está sendo comentado mundo afora.

Claro que a postura da Anvisa, com apoio da PF, é louvável e deixou muitos torcedores de peito inchado. Afinal, não é todo dia que podemos demonstrar uma postura forte e coerente do Brasil, Além do mais, pra cima dos argentinos. Mas a alegria não durou muito e tudo por conta de um pequeno detalhe: o nosso presidente Jair Messias Bolsonaro.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A imprensa argentina que cobria a partida e, ato contínuo, jornalistas e periódicos do mundo inteiro passaram a questionar a postura do presidente do Brasil em relação à pandemia. E citaram que essa postura “avaliza” o que os jogadores fizeram: tentar jogar sem passar pela quarentena necessária, devido à pandemia.

Se não bastasse termos um presidente que já foi multado quase dez vezes, em cidades diferentes, por se recusar a usar máscaras de proteção, em muitos locais uma exigência da lei, que ele teima em descumprir; que faz e incentiva aglomerações por onde anda; que se nega a tomar vacina e que diz que a vacina não serve pra nada, principalmente se for da China; que promove eventos com exageros de pessoas sem máscaras e aglomeradas, e por aí vai... agora, temos também um presidente que é um péssimo exemplo para o mundo e que virou a justificativa para a vergonha internacional que o fato gerou da tarde deste domingo.

De tudo isso, poderíamos estar, neste momento, com o peito cheio de orgulho, às vésperas da comemoração da nossa independência, a celebrar a imagem lá fora de um país sério, que tem leis e que prima para que elas sejam cumpridas. Mas graças ao nosso presidente, viramos, mais uma vez, chacota internacional e “avaliador” para quem quer descumprir as leis no Brasil.

Carlos Magno

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