A Polícia Federal realiza, hoje (17), operação de busca e
apreensão na sede da Precisa Medicamentos, nas cidades de Barueri e Itapevi, no
estado de São Paulo.
“A operação é cumprimento de solicitação realizada pela
Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado Federal para apurar ações e
omissões no enfrentamento da pandemia da covid-19 no Brasil (CPI da Pandemia),
sob decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, através de sua Excelência,
o Ministro Dias Toffoli”, diz nota divulgada pelo presidente, vice-presidente e
relator da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues ( Rede- AP) e Renan
Calheiros (MDB-AL), respectivamente.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ainda segundo a cúpula da CPI, a operação tem como objetivo
a busca e apreensão de informações relativas ao contrato entre a Precisa
Medicamentos e a empresa indiana Bharat Biotech, assim como todos os documentos
relacionados ao contrato.
“A CPI buscou de todas as formas obtenção dessas informações
junto à empresa e ao Ministério da Saúde, não obtendo êxito. Devido a isso, se
fez necessária a utilização deste instrumento judicial”, justificaram os
senadores.
Histórico
A Precisa foi a empresa que intermediou o contrato entre o
Ministério da Saúde e a farmacêutica Bharat Biotech para a compra de 20 milhões
de doses da vacina Covaxin ao custo de R$1,6 bilhão. A empresa entrou na mira
da CPI após a comissão ter recebido denúncias de irregularidades no contrato. O
acordo foi cancelado em agosto pelo Ministério da Saúde.
Por meio de nota assinada pelos advogados Ticiano Figueiredo
e Pedro Ivo Velloso, a Precisa Medicamentos classificou como “inadmissível, num
estado que se diz democrático de direito, uma operação como essa de hoje”. Ao
contrário do que diz a cúpula da comissão de inquérito, a empresa ressalta que
entregou “todos os documentos à CPI”, além de três representantes da empresa
terem prestado depoimento ao colegiado.
Segundo os advogados, sempre que intimados, os
representantes da Precisa prestaram depoimentos à PF, à Controladoria-Geral da
União (CGU), além de ter entregue toda documentação ao Ministério Público
Federal (MPF) e ao Tribunal de Contas da União (TCU).
“A operação de hoje é a prova mais clara dos abusos que a
CPI vem cometendo, ao quebrar sigilo de testemunhas, ameaçar com prisões
arbitrárias quem não responder às perguntas conforme os interesses de alguns
senadores com ambições eleitorais e, agora, até ocupa o Judiciário com questões
claramente políticas para provocar operações espalhafatosas e
desnecessárias", argumentam os advogados. A defesa diz ainda que a
"CPI, assim, repete o modus operandi da Lava Jato, com ações agressivas e
midiáticas". "E essa busca e apreensão deixará claro que a Precisa
Medicamentos jamais ocultou qualquer documento”, afirmam – Agência Brasil.
Carlos Magno
VEJA TAMBÉM:
- Cheirar pum pode prevenir câncer, AVC,
ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo de universidade do Reino Unido
- Assassinato de moradores de rua em
Campina Grande-PB gera comoção: radialista faz artigo em homenagem a
"Maria Suvacão"
- UEPB vai ganhar curso de Medicina no campus de
Campina Grande. Veja detalhes
-Cliente que passar mais de 20 minutos em fila de
banco na Paraíba receberá indenização
- Jovem forja a própria morte para saber
"quais pessoas se importariam com sua ausência" e vem a público pedir
desculpas