Um vereador de Minas Gerais foi preso na última terça-feira
(28), acusado de tentar assassinar a própria esposa. Adva Avelino da Silva
amarrou a mulher em uma árvore e a arrastou pela terra.
Vereador de Serranópolis, Adva está sendo investigado por
tentativa de feminicídio. O delegado responsável pelo caso, André Brandão,
afirmou que as agressões foram motivadas por ciúmes.
Foto: Reprodução/Redes Sociais
“Ele proibiu que ela acessasse a rede social Facebook e,
tendo em vista que ela não obedeceu suas ‘ordens’, ele amarrou essa senhora em
uma espécie de enforcamento, pendurando ela em um pedaço de pau, uma árvore.
Posteriormente, ele arrastou ela pelo chão do terreno”, contou à Inter TV,
afiliada da Globo na região.
Em vídeo gravado por seu advogado, a vítima, de 37 anos,
aparece relatando como se deu a agressão e diz que chegou a pedir para não ser
morta.
"Ele pegou a corda e me puxou, passou a corda aqui
(aponta para uma árvore). Eu falei: 'Me solta, moço, solta, não me mata, não'.
Aí eu consegui puxar a corda. Se não tivesse conseguido, teria morrido."
O casal está junto há 21 anos e tem três filhos, sendo que
um deles, de apenas dois anos, estava na residência e acompanhou o ataque de
Adva. Ao UOL, o advogado da vítima explicou que o casal chegou a se separar em
2019 e reatou pouco depois.
"Esse ano entrei com uma execução para que ele deixasse
a casa e pagasse os alimentos atrasados. A decisão judicial saiu há poucos
dias. Enviei para ela e ela informou o marido. Ele falou para ela: 'Se eu tiver
que sair da casa e pagar pensão, mato você e seu advogado'. Na quinta pela
manhã, ela me mandou uma mensagem pelo telefone da filha pedindo socorro."
Suspeito havia fugido
Adva fugiu após o ataque e só foi localizado dias depois em
uma casa afastada da cidade, onde vive uma ex-namorada. Com ele, a polícia
encontrou cerca de R$ 10 mil, que seriam utilizados na sequência da fuga.
Em depoimento à polícia na quarta-feira (28), o vereador
afirmou que agiu para se defender, após a vítima supostamente tentar
esfaqueá-lo, versão descreditada pelo delegado André Brandão – Yahoo!
Carlos Magno
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