O governador João Azevêdo inaugura, nesta quinta-feira (4),
às 10h, o Museu da Cidade de João Pessoa (MCJP), localizado no prédio onde
residiu o então presidente da Paraíba, João Pessoa, na Praça da Independência,
no qual o Governo do Estado investiu recursos na ordem de R$ 1,3 milhão em
obras de restauração.
O Museu da Cidade de João Pessoa (MCJP) seguirá novos
padrões de coleta, preservação e divulgação da história da Capital paraibana. O
padrão estático de um museu, que mostra sempre as mesmas peças e obras, dará
lugar a uma estrutura interativa e com acervo sempre renovável.
Foto: José Marques/Secom-PB
“Ele terá acervos temporários e temporários de longa
duração”, explica o coordenador da casa e artista plástico Diógenes Chaves
Gomes. “O museu contará a história da cidade, através de exposições
fotográficas, livros, vídeos, dos seus personagens públicos e anônimos, figuras
pitorescas, seus artistas, experiências sensoriais e, também, a clássica
visitação a peças. Além disso, realizaremos ações extra museu, de maneira a
atrair o público, sobretudo das escolas e universidades. Vamos implantar um
museu atrativo para o cidadão porque contará a história e o seu cotidiano”,
explica.
A ideia
Criar um Museu da Cidade de João Pessoa foi ideia
do próprio governador João Azevêdo, que há um ano entregou à Secretaria de
Estado da Cultura (SecultPB) essa missão, que incluiu a criação também do Museu
da Paraíba, que será implantado no Palácio da Redenção.
“O objetivo é juntar num mesmo espaço, no Museu da Cidade
João Pessoa, o resumo dos grandes fatos históricos da cidade e as riquezas
culturais desse povo”, explicou o governador no seu programa de rádio ‘Conversa
com o Governador’.
O secretário de Estado da Cultura, Damião Ramos Cavalcanti,
acredita que, a partir desses dois novos espaços e das discussões que seus
projetos provocam, “haverá uma revolução na forma de gerir os museus. Nossa
museologia terá um avanço enorme”. O objetivo, segundo ele, é modernizar e
requalificar esses espaços, torná-los mais atrativos e facilitar a captação de
recursos para investir em cada um dos 57 museus paraibanos filiados ao
Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).
“O Museu da Cidade de João Pessoa trata-se de uma das mais
brilhantes obras do governador João Azevêdo na área da Cultura”, avalia Damião.
Para o secretário, o museu tem uma vocação substancialmente educativa,
destinada à juventude, às futuras gerações, de modo especial aos estudantes das
redes de ensino pública e privada.
Como será o Museu
Na parte externa, um jardim terá 900 roseiras.
Uma pesquisa sobre os jardins da época em que o antigo sobrado foi construído,
na Praça da Independência, para o projeto jardim dos arquitetos paisagistas,
chegou a essa proposta.
Na inauguração, o museu já oferecerá a exposição de longa
duração com a história do então presidente paraibano João Pessoa, a exposição
de pinturas com obras de Amelinha Theorga e Emílio Pinto, exposição de 100
imagens do fotógrafo Antonio David, a rádio web Jardim das Acácias, que também
tocará listas musicais propostas pelo público.
A primeira exposição classificada como ‘acervo de longa
duração’ será na sala, onde ficarão móveis pertencentes à família do então
presidente João Pessoa, incluindo aí o bureau de trabalho dele e a mesa onde
foi morto no Café Glória, em Recife.
“Essa sala contará a história de João Pessoa e do casarão em
art nouveau, onde o político morou alguns meses quando o Palácio da Redenção
teve que passar por reforma, no final dos Anos 20, no século passado”,
complementa Diógenes Chaves.
Jovens do Projeto Primeira Chance, do Governo do Estado,
estão sendo treinados para servirem de guias. “Embora seja boa parte
interativo, dividimos o espaço em salas que comportarão equipamentos e
exposições temáticas, e sempre haverá aquela primeira visita que requer uma
orientação rápida. A partir daí o visitante estará à vontade para percorrer e
interagir”, explica Diógenes.
O que virá
Haverá uma sala, onde, numa mesa com tela de 72
polegadas sensível ao toque (toutch screen), serão projetados mapas antigos
mostrando a evolução de João Pessoa ao longo do tempo. Também haverá projeção
de filmes históricos. “Vamos utilizar o QR Code para que as pessoas se
aprofundem em pesquisas sobre aquilo que estão vendo no museu”, relata Diógenes
Chaves.
Uma sala sensorial permitirá fazer projeções no teto para
que o visitante observe o céu da Capital em diversas datas, mesmo em épocas
passadas. A tecnologia se baseia em algo parecido com as informações das tábuas
de maré – a observação do céu, posicionamento de estrelas e planetas é comum hoje,
e essas imagens estão registradas e podem ser projetadas.
Haverá também um serviço de pet, para aquelas pessoas que
tragam seus animais e queiram, inclusive, visitar a Praça da Independência, um
espaço ligado ao Museu por causa da história e da arquitetura que se
complementam.
Souvenirs do Museu da Cidade de João Pessoa serão produzidos
e colocados à venda no Museu do Artesanato – Casa do Artista, que funciona ao
lado e atuará em conjunto – Secom-PB.
Carlos Magno
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