O primeiro campeão brasileiro da temporada é goiano. Neste
sábado (13), a Aparecidense-GO segurou o empate por 1 a 1 com o Campinense-PB e
garantiu o título inédito da Série D. O jogo no estádio Anníbal de Toledo, em
Aparecida de Goiânia (GO), foi transmitida ao vivo pela TV Brasil. O Camaleão
se beneficiou da vitória por 1 a 0 na partida de ida, há uma semana, no Amigão,
em Campina Grande (PB).
A conquista faz da Aparecidense o quarto time goiano a
celebrar um título nacional, repetindo feitos de Goiás (duas Séries B),
Atlético-GO (uma Série B e duas Série C) e Vila Nova (três Séries C). O estado
de Goiás, por sua vez, torna-se o décimo a ter uma taça de Série D, juntando-se
a Ceará, São Paulo, Minas Gerais (duas taças cada), Santa Catarina, Pará,
Paraná, Maranhão e Paraíba.
Foto: Silvano Vital/Aparecidense
A "Cidinha", como é carinhosamente chamada a
equipe, é também o primeiro time do interior de Goiás a levantar um troféu
nacional. O clube fez a melhor campanha geral da Série D, com 46 pontos. Foram
13 vitórias, sete empates e quatro derrotas, com 31 gols marcados e 15 sofridos
- melhor defesa entre os quatro times que obtiveram acesso à Série C. Além de
Aparecidense e Campinense, ABC-RN e Atlético-CE subiram de divisão.
A finalização da entrada da área do meia Robert, que obrigou
o goleiro Mauro Iguatu a se esticar no ângulo direito para defender, foi a
única chance real da Aparecidense no primeiro tempo. Em desvantagem no placar
agregado, o Campinense teve a iniciativa ofensiva e teve várias oportunidades
para sair na frente antes do intervalo, mas pecou nas finalizações, como em
duas cabeçadas do zagueiro Cleiton, aos 26 e aos 29 minutos, e outra do
atacante Anselmo, aos 36, todas para fora.
Quando a Raposa conseguiu acertar a meta, Pedro Henrique
(que foi o protagonista do jogo de ida) apareceu. Aos 17 minutos, o goleiro fez
bela defesa em chute colocado do lateral Felipe Ramon, pela esquerda. Dez
minutos depois, o camisa 1 se antecipou a Anselmo, que invadia a área pela
esquerda, e teve o auxílio do zagueiro Vanderley, que ficou com a sobra, para
salvar os anfitriões.
A insistência paraibana foi recompensada no começo da etapa
final. Aos sete minutos, o atacante Fábio Lima cruzou pela direita o meia Dione
apareceu na área, às costas da marcação de Vanderley e escorando de cabeça para
abrir o placar.
O gol acordou a Aparecidense, que, enfim, equilibrou as
ações e encontrou espaços para atacar. Aos 14, Robert cruzou rasteiro pela
direita, o atacante Negueba bateu de primeira e Mauro Iguatu defendeu como em
um jogo de vôlei. Aos 32, Robert deu passe açucarado para o atacante Samuel
entrar na área e tocar por cobertura, na saída do goleiro da Raposa, para
explosão da torcida no Anníbal de Toledo.
O duelo ficou tenso nos minutos finais. O Campinense, que
parou no travessão em cabeçada do atacante Cláudio, aos 35 minutos, lançou-se
ao ataque atrás do segundo gol, mas de forma desorganizada. No último lance do
jogo, até Mauro Iguatu foi para a grande área ajudar o ataque na cobrança de
escanteio, mas a zaga afastou. Apito final do árbitro Raphael Claus e festa do
torcedor da Aparecidense – Agência Brasil.
Carlos Magno
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