O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu um procedimento
para apurar se houve interferência no órgão responsável por organizar a prova
do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A decisão foi tomada na última
quarta-feira (17).
No início deste mês, 37 funcionários pediram demissão do
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Uma semana depois, em viagem a Dubai (Emirados Árabes), o presidente Jair
Bolsonaro afirmou que as questões do Enem "começam agora a ter a cara do
governo".
Foto: Divulgação/TCU
Conforme o site do TCU, o processo vai apurar
"possíveis irregularidades na organização do Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem) 2021, especialmente acerca de fragilidade técnica e administrativa
relacionadas às interferências na gestão do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)".
Ainda conforme o site do tribunal, a condução do
procedimento ficará com a Secretaria de Controle Externo da Educação, da
Cultura e do Desporto. O relator do caso será o ministro Walton Alencar
Rodrigues.
Ministro nega
interferência
Na última quarta (17), o ministro da Educação, Milton
Ribeiro, compareceu a uma audiência na Comissão de Educação da Câmara dos
Deputados e negou interferência política na organização do Enem.
Aos deputados, Ribeiro disse que, ao afirmar que as questões
começam a "ter a cara do governo", Bolsonaro quis declarar que o Enem
terá a cara do governo "no sentido de competência".
No mesmo dia, durante viagem ao Catar, Bolsonaro afirmou que
não teve acesso às questões – g1.
Carlos Magno
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