"Sentimento de horror". Estas foram as palavras utilizadas por uma gestante que foi mantida sob cárcere privado pelo ex-namorado e pela mãe dele em Colorado, no norte do Paraná. À RPC, a vítima afirmou que ficou sem comida e passou dois dias bebendo água. Assista, acima, o relato.

"Foi uma cena de filme de terror mesmo. É Deus, é meu filho que eu carrego na barriga, é o meu amor próprio, isso aí que me encorajou", disse.

À polícia, ela afirmou que foi presa pelo ex-namorado depois de uma discussão ao ver mensagens dele com outra mulher no celular. Ao tentar ir embora, o homem a prendeu dentro de casa.

Foto: Divulgação/Polícia Civil

Ela relatou também que sofreu agressões físicas e psicológicas, além de abusos sexuais, e que a mãe do suspeito "foi conivente com tudo".

"Ele trancou o portão, ele amarrou um monte de negócio, de fio no portão, aí ele me jogou um balde de água, tacou um fio de carregador nas minhas pernas. Aí por um momento ele me trancou dentro do quarto junto com ele e falou agora somos só nós dois. Depois de algumas horas ele abriu a porta do quarto, tipo assim, eu podia andar ali pela casa, sabe? Se eu quisesse ir no banheiro e tudo, mas eu não podia sair dali, entendeu? Não tinha comida, não tinha nada para comer", contou.

O ex-namorado e a mãe dele foram presos pelos crimes de lesão corporal e cárcere privado. De acordo com a Polícia Civil, também são investigados os crimes de tortura e estupro.

Procurada, a defesa dos suspeitos afirmou que as informações veiculadas em redes sociais "não condizem com a realidade" e que irá apurar a situação após a conclusão do inquérito policial e eventual ação penal.

O caso aconteceu na quinta-feira (10). Segundo a polícia, um amigo da grávida fez uma denúncia de que a mulher estava sendo mantida presa pelo ex-namorado.

A PM foi até a casa do suspeito. A mãe do homem disse aos policiais que ele não estava em casa e que a ex-namorada dele tinha ido embora para São Paulo após o fim do relacionamento.

De acordo com a polícia, a mulher afirmou que só iria permitir buscas na residência se houvesse um mandado judicial.

Horas depois, a PM recebeu uma nova ligação sobre o mesmo o caso, feita pela própria vítima.

"Eu liguei e deixei o celular na linha. Tipo assim, em nenhum momento eu falei com eles, eu passei endereço, nada. Eu só falava, né? Me deixa sair daqui pelo amor de Deus, me deixa sair, eu não estou bem, eu estou passando mal, eu quero ir embora, eu quero sair daqui. E aí os policiais falaram para mim a gente entendeu a ocorrência e a viatura está se deslocando até o local e fica tranquila", relembrou.

Com a chegada dos policiais, o homem suspeito estava na casa e recebeu voz de abordagem, sendo preso em flagrante no local. A mãe se apresentou depois na delegacia e também foi presa.

A grávida foi levada para o hospital, onde passou por exame de lesão corporal que comprovaram as agressões, segundo a polícia – g1.

Carlos Magno

VEJA TAMBÉM:

- Cheirar pum pode prevenir câncer, AVC, ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo de universidade do Reino Unido

- Assassinato de moradores de rua em Campina Grande-PB gera comoção: radialista faz artigo em homenagem a "Maria Suvacão"

- UEPB vai ganhar curso de Medicina no campus de Campina Grande. Veja detalhes

-Cliente que passar mais de 20 minutos em fila de banco na Paraíba receberá indenização

- Jovem forja a própria morte para saber "quais pessoas se importariam com sua ausência" e vem a público pedir desculpas