A jovem Layla Monteiro, de 19 anos, morreu nessa
quarta-feira (11/5), em Inconfidentes, no Sul de Minas. Ela sofreu duas paradas
cardíacas após ser diagnosticada com pneumonia. Porém, os problemas de saúde
começaram em setembro do ano passado, quando Layla teve uma trombose venosa
cerebral.
A mãe da moça disse ao Terra do Mandu que a suspeita dos
médicos é que a trombose tenha sido provocada pelo uso de um tipo de
anticoncepcional. Layla tomava o medicamento a cerca de quatro anos. Dayse
Priscila Antunes Venâncio contou também que a filha não fazia uso de outro tipo
de medicamento. Segundo a mãe, Layla se consultava no posto de saúde da cidade.
Foto: Reprodução/Instagram
A jovem, formada em agrimensura e que pretendia fazer
engenharia civil, ficou quatro meses internada na Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) do Hospital das Clínicas de Pouso Alegre. Há três meses ela tinha voltado
para casa e era cuidada pela família. Layla apresentava melhoras e, há menos de
um mês, passou por prcedimento de retirada da traqueostomia e a sonda para se
alimentar.
No entanto, na sexta-feira da semana passada (6/5), a moça
foi diagnosticada com a pneumonia e sofreu as paradas cardíacas na quarta-feira
dessa semana, não resistindo. A morte precoce deixou familiares e amigos muito
abalados. O corpo de Layla foi sepultado ontem (12/5), no cemitério de
Inconfidentes.
O que dizem os
especialistas
A reportagem do Terra do Mandu conversou com especialistas
sobre a possibilidade do medicamento desencadear uma trombose. A imunologista
Alessandra Jacob afirma que sim, “pode ocorrer a trombose por uso de
anticoncepcional, podendo levar a um AVC. E as sequelas, o fato da paciente
ficar acamada, tem risco maior de pneumonias e morte infelizmente”, completa.
O ginecologista Benilson Eustáquio de Souza afirma que
"existe, sim, esse risco em algumas pessoas que possam apresentar uma
mutação genética, chamada de trombofilia".
O ginecologista ainda lembra que todos os anticoncepcionais
trazem em suas bulas essa informação. “Tanto que o medicamento não deve ser
prescrito para quem tem esse histórico familiar de trombose. Há casos da pessoa
ter a trombofilia, mas desconhecem essa predisposição de desenvolver a
trombose”.
Benilson Eustáquio explica ainda que os principais fatores
de risco são obesidade, sedentarismo, tabagismo, varizes e o histórico
familiar.
A mãe de Layla diz que a filha não possuía nenhum desses
fatores de risco, que fosse do conhecimento deles. Dayse conta que, depois que
começar a tomar o anticoncepcional, a filha passou a reclamar muito de dor de
cabeça. ‘Acreditamos que seja o uso do anticoncepcional’, diz a mãe – Portal Terra
do Mandu.
Carlos Magno
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