São diversos os relatos de assédio sexual cometidos pelo
presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Duarte Guimarães. Funcionárias do
banco, que escolheram denunciar o economista de forma anônima, contam os abusos
sofridos em viagens de trabalho.
A denúncia feita ao jornal Metrópoles apresenta o relato de
cinco mulheres que denunciam toques e convites indesejados. Dentre as denúncias
de assédio, Guimarães também é acusado de verbalizações agressivas. Cristina
(nome fictício) contou que em uma das viagens a trabalho, o presidente prometeu
rasgá-la, até sangrar. "Ele me falou: 'Vou te rasgar. Vai sangrar'"',
lembrou a funcionária.
Foto: Marcos Corrêa/PR
Segundo ela, em uma viagem em uma cidade nordestina não
especificada, Guimarães disse que havia planejado uma "ideia especial",
que se tratava de uma espécie de carnaval fora de época, no qual "ninguém
seria de ninguém". "Ele disse: A gente vai fazer um carnaval fora de
época (...) Ninguém vai ser de ninguém. E vai ser com todo mundo nu",
contou.
As denúncias não param por aí. "Ele me chamou para ir
para sauna com ele"; "Quando viajo, coloco cadeira na porta do
quarto"; "Tenho pânico de ter que trabalhar com ele" e "Ele
apertou minha bunda", são alguns dos diversos assédios vivenciados por
funcionárias do banco.
Segundo o jornal Metrópoles, as vítimas alegaram não terem
denunciado as situações antes por medo de serem perseguidas. "Uma das
funcionárias afirma ter conhecimento do caso de uma colega de trabalho que
resolveu comunicar uma situação de assédio que experimentou dentro da
instituição, mas logo depois sua "denúncia" chegou às mãos de
funcionários do gabinete de Guimarães", expõe o portal.
Ainda segundo uma das mulheres, quando Guimarães percebe que
alguém tem um caso que representa risco, chama essa pessoa para "perto".
"Ou então pede às pessoas próximas para que elas sejam observadas",
conta uma das funcionárias.
Denúncia ao MPF
O presidente da Caixa Econômica Federal Pedro Duarte
Guimarães será investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por denúncias de
assédio sexual. A investigação está em andamento, sob sigilo, no Ministério
Público – EM.
Carlos Magno
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