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21/07/2022

Sindicato denuncia que governador João Azevêdo já iniciou processo de privatização da Cagepa


Acompanhando de perto o que vem acontecendo com os serviços de saneamento no município de Santa Rita, onde a água foi privatizada e com anuência do Governo da Paraíba, o presidente do Sindicato dos Urbanitários da Paraíba (Stiupb), Wilton Maia Velez, tem se mostrado preocupado com os passos dados pela esfera estadual para que a Cagepa seja entregue à iniciativa privada, embora o Governador tenha afirmado que não vai privatizar, na pratica não é isso que acontecerá.

 

Para o dirigente sindical, o que João Azevêdo fala para a mídia não corresponde ao que ele tem praticado: "Vejam que em Santa Rita, o prefeito daquela cidade é aliado do governador que nada ou pouco fez para que a Cagepa continuasse operando os serviços de distribuição de água na cidade, e a povo tem sofrido, depois que a CAGEPA perdeu a concessão dos serviços, basta ver que, estudos e analisem laboratoriais afirmam que a população está tomando água contaminada".



Foto: Divulgação/Secom-PB

 

"O Governo da Paraíba não quis participar da licitação de Santa Rita, e é bom lembrar que em  de Campina Grande , João Azevedo só fazia entrar na justiça contra  o processo de licitação realizado em Campina, assim como fez em Santa Rita. Foi preciso muita luta do STIUPB que fez inúmeras articulações políticas demonstrando para as autoridades locais que o contrato de programa entre a Prefeitura de campina Grande e a CAGEPA era a melhor solução para um conflito que estava instalado, hoje os Serviços de saneamento continuam sendo operados pela CAGEPA em Campina.. Ou seja, João e seu governo não tem interesse de manter a Cagepa 100% pública, como recebeu de seu antecessor, e sim! entregar o que é lucrativo para a iniciativa privada, promover demissões de trabalhadores e manter o menor efetivo de pessoal possível. Além de avançar na terceirização das funções que julgar necessário", denunciou o sindicalista.

 

Para imprensa, o governador afirma que em sua gestão, a CAGEPA não será privatizada, mas basta acessar o site do BNDES e verifica-se que a Cagepa foi incluída no processo de desestatização, sendo tratada pelo banco como um novo processo de privatização: O BNDES está coordenando a contratação de serviços técnicos especializados para a estruturação de projeto de desestatização, mediante participação da iniciativa privada na prestação dos serviços públicos, dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, bem como serviços de gestão operacional, em 93 municípios do Estado da Paraíba.

 

Essa informação pode ser verificada CLICANDO AQUI.

 

O mesmo site informa que já houve, inclusive, processo seletivo para a contratação de consultores para a estruturação de projetos, tendo sido habilitada a empresa Consórcio EY/FELSBERG/ENCIBRA/SANEARES, formado por Ernst & Young Assessoria Empresarial Ltda., Felsberg e Pedretti Advogados e Consultores Legais, Encibra S.A. Estudos e Projetos de Engenharia e Saneares - Infraestrutura e Saneamento Ltda. O valor da global da proposta para esse estudo é de R$ 6.288.197,40 (seis milhões, duzentos e oitenta e oito mil, cento e noventa e sete reais e quarenta centavos).

 

STIUPB de olho nos candidatos

 

O Sindicato dos Urbanitários da Paraíba (Stiupb) está acompanhando de perto as propostas dos pré-candidatos a Governador sobre o que pensam sobre a Cagepa.

 

"Até agora vemos que o atual Governador não está nem aí para o futuro da empresa. Está rendido ao modelo de privatização imposto pelo Governo Federal. Temos Pedro Cunha Lima, que defende abertamente que vai entregar a empresa à iniciativa privada. O único que tem defendido a Companhia é Veneziano Vital do Rêgo (MDB), que já declarou publicamente ser contrário a essa proposta", declarou Wilton Maia.

 

Advertência

 

O Stiupb, espera que os pré-candidatos ao Governo da Paraíba assumam o compromisso da não privatização da Cagepa, é preciso assumir esse compromisso  na presença da classe trabalhadora e da sociedade, portanto, o STIUPB só acredita em compromisso  por escrito e não apenas nas palavras ditas em microfones de rádio ou em plenárias, "Para evitar o que aconteceu na campanha passada, quando João Azevêdo esteve na nossa entidade, assumiu que nem iria fazer processos de parceria público privada e agora trai a categoria, colocando a empresa no balcão de negócios do BNDES" – Assessoria.

 

Carlos Magno

 

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