Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal
(STF), autorizou nesta segunda-feira (27) o depoimento do delegado da Polícia
Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, preso em função das investigações
sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco.
Pela decisão, a Polícia Federal terá prazo de cinco dias
para realizar a oitiva. Moares ressaltou no despacho que os investigadores
deverão assegurar o direito ao silêncio e a garantia de não incriminação.
Na semana passada, o delegado fez um pedido escrito à mão
para ser ouvido pela PF. Ao ser intimado a responder à denúncia apresentada
pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Rivaldo pediu "pelo amor de
Deus " e "por misericórdia" para prestar depoimento. Ele está
preso no presídio federal em Brasília.
Além do delegado, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio
de Janeiro Domingos Brazão e o deputado federal (União-RJ) Chiquinho Brazão
foram denunciados ao Supremo pela PGR por homicídio e organização criminosa.
Todos estão presos por determinação de Moraes pelo suposto envolvimento no
assassinato da vereadora.
Segundo as investigações, o ex-chefe da Policia Civil deu
orientações, a mando dos irmãos Brazão, para realização dos disparos contra
Marielle e o motorista Anderson Gomes.
Após a apresentação da denúncia, a defesa de Rivaldo Barbosa
questionou a credibilidade dos depoimentos de delação premiada do ex-policial
militar Ronnie Lessa, réu confesso do assassinato e que apontou o delegado e os
irmão Brazão como participantes do crime.
André Richter/Juliana Andrade – Agência Brasil