Foto: Reprodução/Instagram @draclaudianeurologista
A médica e professora da Universidade Federal de Uberlândia
Claudia Soares Alves, presa sob a acusação de raptar uma recém-nascida no
Hospital de Clínicas da UFU, pode pegar oito anos de prisão pelo crime de
sequestro. A mulher presa alegou estar em surto.
As polícias Civil e Militar de Minas Gerais e Goiás
realizaram ação para encontrar a mulher. Imagens de câmeras de segurança, que
identificaram o veículo usado por ela, e o fato da médica ter pagado o pedágio
na rodovia BR-365, no sentido do Estado vizinho, foram importantes para que ela
pudesse ser presa.
De acordo com o delegado-chefe do 9º Departamento da Polícia
Civil de Minas Gerais, Marcos Tadeu Brandão, a suspeita foi presa em casa, na
cidade de Itumbiara, em Goiás. A bebê, de nome Isabela, estava no mesmo local.
Inicialmente, a informação era de que elas teriam sido encontradas na clínica
de Claudia.
"Quando os policiais civis chegaram na casa,
perguntaram: ‘Cadê a criança?’. A empregada falou: ‘Tá ali’. Ela ainda disse
que a patroa tinha saído. Eles pegaram a criança e a levaram ao atendimento
médico para ver se estava tudo bem. A equipe se dividiu, outros policiais
permaneceram de campana naquele local, aguardando para efetuar a prisão dela
[Claudia], o que aconteceu pouco tempo depois. Ela foi presa em flagrante e
levada à delegacia de polícia da comarca", disse o delegado.
Ainda de acordo com a chefia da Polícia Civil, Claudia
Soares Alves foi atuada na delegacia de Itumbiara por sequestro qualificado.
"Qualificado porque a vítima é menor de 18 anos e a pena vai até 8 anos de
reclusão", afirmou Marcos Tadeu. Ela foi levada para Unidade Prisional
Feminina de Orizona, também em Goiás. Não se sabe se posteriormente ela será
encaminhada a Uberlândia.
A polícia ainda busca entender a motivação do crime. Numa
primeira conversa com policiais, na delegacia, a médica afirmou ter tomado
medicamentos fortes no dia anterior e estaria em surto.
Porém existem informações de que ela fingiu estar grávida e
chegou a pedir exames de ultrassonografia com pessoas conhecidas. Outro detalhe
que vai contra a versão da mulher é a apreensão de vários itens infantis de cor
rosa, o que demonstraria que ela estaria montando um enxoval. Isso, de acordo
com a polícia, demonstraria premeditação.
EM