Foto: Divulgação/Secom-PB
Os profissionais da Maternidade do Hospital do Servidor
General Edson Ramalho (HSGER) realizaram, na manhã desta quinta-feira (24), um
parto diferente: dentro de um carro de aplicativo, no estacionamento da unidade
hospitalar. Uma mãe iniciou o trabalho de parto ainda dentro do carro e já
sentiu os pés do bebê antes da chegada à Maternidade, o que indicava ser um
parto pélvico, tipo raro em que as nádegas ou os pés saem primeiro do que a
cabeça. A diligência de um trabalho de equipe entre Urgência e profissionais da
Maternidade garantiram a vida da mãe e do bebê, que nasceu sem chorar e sem respirar,
mas já está sendo amamentado nos braços de sua genitora.
Grávida do segundo filho, Gael, a dona de casa Janaína da
Silva começou a sentir as contrações que antecipam o parto na manhã desta
quinta-feira (24). Rapidamente, chamou um carro de aplicativo, mas no meio do
caminho a bolsa estourou, o que a deixou bem assustada. “Já estávamos perto da
Maternidade, mas eu já fiquei desesperada porque senti os pezinhos do meu
filho. Quando chegamos, o motorista chamou os maqueiros e as pessoas vieram nos
atender”, contou.
O médico obstetra Welano Guedes contou que estava no repouso
quando foi chamado de urgência. A equipe de Enfermagem já tinha levado para o
carro materiais como luvas, bandeja, pinça e tesoura para cortar o cordão
umbilical, o que facilitou o trabalho. “Me prontifiquei a fazer a manobra para
tirar a cabeça da criança. Primeiro saiu a nádega, depois o tronco e, por fim,
a cabeça. O parto pélvico é um pouco mais difícil e complicado porque o bebê
está em uma posição contrária à habitual”, afirmou.
Welano Guedes ressaltou que esse foi seu primeiro parto
pélvico dentro de um carro. “Eu já tinha feito partos cefálicos (parto normal,
em que o bebê está virado para baixo) dentro de carro e ambulância, mas dessa
maneira não”, comentou.
Após a realização do parto, o pequeno Gael foi levado às
pressas à Maternidade para receber os procedimentos de reanimação neonatal.
Segundo a pediatra que o atendeu, Klecida Rodrigues, o bebê estava sem respirar
e sem reação. “Após as manobras de reanimação, ele foi entubado, mas respondeu
bem e, no décimo minuto de vida, foi extubado”, relatou a médica.
Ela destacou a importância do trabalho da pediatria na sala
de parto de uma maternidade. “Cada minuto conta no atendimento a um
recém-nascido. Se for necessária a realização de alguma manobra para que ele
volte a respirar, cada instante conta muito para o desenvolvimento cerebral.
Uma demora pode gerar danos futuros e comprometer o restante de sua vida”,
frisou.
De acordo com Klecida Rodrigues, Gael ficou duas horas em
observação respirando por meio de um CPAP nasal (equipamento que emite fluxo de
ar nas vias aéreas), até ser levado à sua mãe, com a constatação de que estava
com saturação, frequência cardíaca e respiração dentro dos níveis de normalidade.
Janaína da Silva disse estar muito agradecida a todos os profissionais
envolvidos no atendimento do parto e pós-parto. “Meu filho está bem e saudável,
graças a Deus!”, exclamou.
O Hospital Edson Ramalho, gerenciado pela Fundação Paraibana
de Gestão em Saúde (PB Saúde) e integrante da rede estadual, possui o selo
Amigo da Criança, concedido por suas práticas de promoção ao aleitamento
materno e à saúde integral da criança e da mulher.
Secom-JP