Foto: Divulgação/MAPA
A Polícia Civil do Rio fechou nesta quinta-feira (7) um
galpão que produzia azeites falsificados e prendeu em flagrante quatro pessoas
por crimes contra a relação de consumo e fraude no comércio. Eles usavam um
galpão clandestino em Barra de Guaratiba, na zona oeste do Rio, para fabricar e
adulterar o produto, envasando 70% de óleo vegetal nas garrafas com marcas de
azeite inexistentes.
No local, foi encontrado maquinário industrial e grande
quantidade de garrafas, além de material para envase e rotulagem. Os policiais
encontraram muitos rótulos que foram arrancados de garrafas de lote
supostamente impróprio com ordem de recolhimento pelo Ministério da Agricultura
e Pecuária.
Os presos são de Minas Gerais e trabalhavam no galpão quando
a polícia chegou ao galpão clandestino. Todos foram autuados por crime contra a
economia popular e, em seguida, liberados.
A ação foi da Delegacia Policial de Campo Grande. O delegado
titular, Marco Castro, disse que o produto era vendido em grande quantidade em
redes de supermercados do Rio. “A pessoa, sem conhecer, levava o azeite
falsificado para casa, com preço elevado para o consumidor”. O galpão em Barra
de Guaratiba foi lacrado pela polícia.
Fraude
Recentemente, em outubro deste ano, o Ministério da Agricultura
e Pecuária emitiu um alerta de risco aos consumidores sobre 12 marcas de azeite
desclassificadas por fraude. As marcas são: Grego Santorini, La Ventosa,
Alonso, Quintas D’Oliveira, Olivas Del Tango, Vila Real, Quinta de Aveiro,
Vincenzo, Don Alejandro, Almazara, Escarpas das Oliveiras e Garcia Torres.
As amostras foram analisadas no Laboratório Federal de
Defesa Agropecuária. Os testes físico-químicos desclassificaram os produtos por
não atenderem os padrões de identidade e qualidade, sendo considerados
impróprios para o consumo.
As análises do laboratório detectaram a presença de óleos
vegetais não identificados na composição dos azeites, comprometendo a qualidade
e a segurança dos produtos, além de representarem risco à saúde dos
consumidores, devido à falta de clareza sobre a procedência desses óleos.
Douglas Corrêa/Nádia Franco – Agência Brasil