....
....
18/10/2018

Há 10 anos sem reajuste, servidores da Saúde de Puxinanã podem entrar em greve por tempo indeterminado


Os servidores da saúde do município de Puxinanã realizaram assembleia extraordinária na manhã desta quarta-feira, 17, na Câmara Municipal, para cobrar do secretário de Saúde, Manoel Filho, o agendamento de uma reunião para negociar a pauta da categoria. Os efetivos estão há 10 anos sem receber reajuste e enfrentam outros problemas graves como a ausência de Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) e do adicional de insalubridade para alguns profissionais.

Esta não é a primeira vez que os trabalhadores tentam negociação com o secretário e com o próprio prefeito, Felipe Coutinho. As tentativas começaram ainda no início do ano e como até o momento não houve nenhuma resposta concreta, os profissionais podem entrar em greve por tempo indeterminado.



O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e da Borborema (Sintab), Giovanni Freire, lembrou na plenária que não adianta investir em infraestrutura se os servidores seguem desvalorizados.

"A máquina que move a saúde é o trabalhador, não adianta de nada ter prédio bonito e reformado se o trabalhador está insatisfeito e muitas vezes até adoece porque não tem qualidade de vida, nem de saúde mental, já que está muito preocupado com contas e não consegue muitas vezes sequer se alimentar adequadamente. O que o Sintab espera e cobra é que valorizar o trabalhador seja também uma proposta do secretário de Saúde", frisou Giovanni.



Ele acrescentou que o sindicato aguarda a resposta ao ofício encaminhado pela diretora local, Agnólia Dinoá, solicitando a reunião para discutir as demandas reprimidas.

"A gente reconhece a implementação da insalubridade para alguns profissionais, mas ficou faltando a complementação para outros que teriam direito, que estão incluídos no escalonamento que fizemos no início do ano junto com o prefeito Felipe Coutinho. Há um indicativo de greve há alguns dias e os servidores só não iniciaram a paralisação ainda porque não querem deixar a população desassistida, mas não haverá alternativa se o descaso da gestão persistir", reforçou o dirigente - Assessoria.

Portal Carlos Magno