O presidente eleito Jair Bolsonaro recuou da ideia de
indicar um de seus filhos para a Secretaria de Comunicação (Secom). Segundo
ele, o vereador licenciado Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) é uma pessoa
"extremamente competente", mas a nomeação poderia ser vista como
nepotismo. "Nunca pratiquei isso (nepotismo), não me interessa fazer. A
tendência é esse assunto morrer", declarou Bolsonaro em entrevista
coletiva nesta quinta-feira, 22.
O presidente eleito reforçou a declaração feita ao site
Antagonista nesta quarta-feira, 21, de que gostaria de nomear o filho
ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência, mas que sabia que
ele “dificilmente aceitaria”.
Segundo Bolsonaro, Carlos estaria “estudando os prós e
contra” da ideia de ser nomeado para a Secom, sabendo que “isso pode ser um
tremendo do desgaste”. “Mas ele é a fera das mídias e tem sangue na boca. Tem
tudo pra dar certo”, prosseguiu Bolsonaro, acrescentando que “não se trata de
prêmio de consolação".
Após declarações do futuro ministro da Secretaria-Geral,
Gustavo Bebianno, de que ajudaria nas decisões sobre a Secom, Carlos anunciou
nesta quinta-feira que encerrará sua contribuição direta à equipe de transição
e que retomará sua atuação parlamentar após três meses de licença não
remunerada.
"O meu ciclo de tentar ajudar diretamente chegou ao
fim. São 18 anos de vida pública dedicados ao que acredito. Estes últimos 3
meses de licença não remunerada para acompanhar o que sempre acreditei se
encerram. Semana que vem volto às atividades na Câmara de Vereadores do
Rio", escreveu o vereador, que foi um dos responsáveis pela estratégia
digital da campanha presidencial de Bolsonaro – Estadão.
Carlos Magno