O presidente eleito Jair Bolsonaro escolheu o ex-ministro do
presidente Michel Temer Osmar Terra (MDB-RS) para ocupar a pasta da Cidadania e
Ação Social. O ministério abrigará funções dos atuais Desenvolvimento Social,
Cultura e Esporte, e será responsável pelo Bolsa Família e outros programas
sociais como o Criança Feliz.
Segundo Terra, ele não ficará responsável pela área de
Direitos Humanos e haverá outra pasta ou secretaria para cuidar do assunto,
assim como a atual Secretaria das Mulheres. Ele também disse que a Cidadania
pode ficar com algumas atribuições do atual ministério do Trabalho, mas não
soube detalhar.
A indicação foi confirmada em anúncio feito pelo futuro
ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, na tarde desta quarta-feira, 28, em
Brasília.
Terra foi ministro de Michel Temer no Desenvolvimento Social
e deixou o cargo em abril para concorrer à reeleição na Câmara, onde cumpre
mandatos consecutivos desde 1999. Ele foi reeleito com 86.305 votos.
O deputado tem histórico de críticas a propostas que visam
legalizar ou descriminalizar o uso de drogas no Brasil. Nas redes sociais, o
futuro ministro se posiciona de forma contundente contra a legalização da
maconha em uma série de publicações. No guarda-chuva da Pasta a ser comandada
por ele, estará parte da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad),
hoje no Ministério da Justiça.
"Não há experiência no mundo que mostre redução da
violência com a liberação de consumo de drogas", escreveu Terra em sua
conta no Twitter em julho deste ano. "Legalizado o consumo de maconha no
Uruguai, aumentaram os homicídios, os estupros e cresceram em 50% os assaltos
com violência. 'Parabéns' para o Mujica...", afirmou em outro comentário,
no mês anterior.
Na campanha eleitoral, apoiou publicamente a candidatura de
Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República, enquanto seu próprio partido
tinha um concorrente, Henrique Meirelles. Nos últimos dias, o futuro ministro
usou sua rede social para tecer elogios ao presidente eleito e às escolhas de
Jair Bolsonaro para o futuro governo – Estadão.
Carlos Magno