A coligação O Povo Feliz de Novo (PT, PC do B, Pros)
protocolou na noite deste domingo (9.dez.2018) no TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) duas ações contra o presidente eleito, Jair Bolsonaro. Ambas pedem a
cassação do registro ou diploma do militar e do vice-presidente eleito, General
Hamilton Mourão, além da declaração de inelegibilidade por 8 anos.
A 1ª ação acusa Bolsonaro de abuso de poder econômico e uso
indevido dos meios de comunicação. O documento faz referência ao Zapgate, o
escândalo em que empresas teriam pago por disparos em massa de mensagens com
conteúdos anti-PT via WhatsApp, e se baseia na reportagem da Folha de São Paulo
sobre o caso.
A ação afirma que “tendo em vista que os preços por mensagem
variam entre R$ 0,08 a R$ 0,40, a depender de qual base de dado é utilizada,
resta evidente que a contratação de disparos em massa, caso confirmada,
configura abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação
digital”.
A ação também é contra os sócios das agências de comunicação
Yacows e Kiplix, Flavia Alves e Lindolfo Antonio Alves, além do sócio da
agência AM4, Marcos Aurélio Carvalho, que foi nomeado para a equipe de
transição, mas renunciou ao cargo 2 dias depois.
A 2ª ação também envolve Edir Macedo, dono da Rede Record,
os diretores do grupo Record e o colunista do R7 Domingos Fraga Filho. Edir
Macedo chegou a declarar apoio público a Bolsonaro, no dia 28 de setembro.
Segundo a coligação, a motivação da ação é pelo fato do
grupo Record ter supostamente “privilegiado” a candidatura de Bolsonaro durante
a campanha eleitoral de 2018. O próprio Edir Macedo chegou a declarar apoio
público a Bolsonaro no dia 28 de setembro.
Os partidos citam o fato de Bolsonaro ter se recusado a
participar de debate presidencial com Fernando Haddad (PT), então candidato da
coligação, na emissora. E de, com o cancelamento do debate, a emissora ter
exibido uma entrevista exclusiva de mais de 40 minutos com o então candidato do
PSL no mesmo horário – Poder 360.
Carlos Magno