Ao defender o corte de gastos públicos para ajustar as
contas do governo, Guedes, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes,
defendeu nesta segunda-feira (17), no Rio de Janeiro, cortes no chamado
'Sistema S', que engloba organizações do sistema produtivo, como Sesi, Senai e
Sesc, entre outros.
"Como é que você pode cortar isso, cortar aquilo e não
cortar o Sistema S? Tem que meter a faca no Sistema S também", afirmou
Guedes à GloboNews, em evento com empresários na Federação das Indústrias do
Rio de Janeiro. As entidades desse sistema não são públicas, mas recebem
repasses do governo.
A fala do futuro ministro foi recebida com reação negativa
da plateia, ao que ele seguiu: "Óóó! Vocês estão achando que a CUT perde o
sindicato mas aqui fica tudo igual? O almoço é bom desse jeito, ninguém
contribui?", questionou, sendo seguido por aplausos.
Segundo ele, o corte pode chegar a 50% dos recursos.
"Eu acho que a gente tem que cortar pouco para não doer muito. Se tivermos
interlocutores inteligentes, preparados, que quiserem contribuir como o Eduardo
Eugênio (presidente da Firjan), a gente corta 30%. Se não tiver, é 50%",
disse ele.
Previdência,
privatizações
Guedes afirmou que as prioridades econômicas no governo do
presidente eleito Jair Bolsonaro serão acelerar privatizações e a reforma da
Previdência. Segundo ele, o atual regime, de repartição, que segundo ele é uma
"bomba" – mas ressaltou que antes de fazer o trânsito para o regime
de capitalização é necessário "acertar o modelo que está aí", de
acordo com a Reuters.
Em relação à cessão onerosa do pré-sal, ele afirmou que
"voltará ao ataque no ano que vem" no tema da cessão onerosa,
ressaltando que se a investida for aprovada haverá repartição de recursos do
leilão do excedente do pré-sal com Estados e municípios.
Guedes também afirmou que a simplificação de impostos é
outra prioridade no campo econômico e que é preciso pensar num programa de
substituição tributária – G1.
Carlos Magno
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