O senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-SP) fez um pagamento
no valor de R$ 1.016.839 de um título bancário da Caixa Econômica Federal,
indica novo trecho do relatório do Coaf
(Conselho de Controle de Atividades), sobre movimentações bancárias atípicas do
deputado estadual.
O Conselho não conseguiu identificar o favorecido. As
informações são do Jornal Nacional, que teve acesso com exclusividade ao
relatório.
Segundo o documento, Flávio fez operações “muito parecidas”
com as do ex-assessor do pesselista na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de
Janeiro) Fabrício Queiroz. As datas são diferentes.
De acordo com a reportagem, havia 3 pontos em comum:
- depósitos e saques feitos em caixas de autoatendimento na
Alerj;
- operações em espécie;
- valores fracionados.
O telejornal havia noticiado na 6ª (18.jan) que 1 novo
relatório da Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) indicou
movimentações bancárias suspeitas nas contas Flávio Bolsonaro. O senador eleito
até então não era alvo na investigação do caso que envolve seu ex-assessor
Fabrício José Carlos de Queiroz.
Em 1 mês, foram quase 50 depósitos em dinheiro numa conta do
filho mais velho de Jair Bolsonaro. São 48 depósitos em espécie na conta do
senador eleito do Rio de Janeiro –todos concentrados na agência bancária que
fica na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio). O valor sempre era o mesmo: R$ 2
mil.
Em 5 dias foram depositados R$ 96.000:
9 de junho de 2017 – 10 depósitos no intervalo de 5 minutos,
das 11h02 às 11h07;
15 de junho de 2017 – mais 5 depósitos, feitos em 2 minutos,
das 16h58 às 17h;
27 de junho de 2017 – outros 10 depósitos, em 3 minutos, das
12h21 às 12h24;
28 de junho de 2017 – mais 8 depósitos, em 4 minutos, das
10h52 às 10h56;
13 de julho de 2017 – 15 depósitos, em 6 minutos.
De acordo com o Coaf, não foi possível identificar quem fez
os depósitos. Ainda assim, o fato de terem sido feitos de forma fracionada
desperta suspeita de ocultação da origem do dinheiro.
Flávio disse neste sábado ao jornal O Globo estar
“tranquilo” e “indignado“, ao ser questionado sobre o caso em 1 voo entre
Brasília e o Rio. Na 6ª, disse à TV Record ser contra o foro privilegiado, mas
que recorrerá à prerrogativa.
“Eu sou contra [o foro], mas não é uma escolha minha. O foro
é uma prerrogativa de função. Querendo ou não querendo, eu preciso entrar com o
remédio legal no órgão competente”, disse – Poder 360.
Carlos Magno
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