Em ida rápida ao Congresso nesta quarta-feira (30), o
senador eleito Flávio Bolsonaro se disse vítima de perseguição em relação aos
relatórios do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que apontam
movimentações bancárias atípicas nas contas dele e de seu ex-assessor, Fabrício
Queiroz.
Questionado se iria ao MP-RJ (Ministério Público do Rio de
Janeiro) para prestar esclarecimentos, Flávio Bolsonaro limitou-se a dizer que
já falou “o que tinha para falar”. O filho mais velho do presidente Jair
Bolsonaro era aguardado em 10 de janeiro, mas não compareceu.
“Tem que esperar o Supremo se pronunciar. Está todo mundo
vendo que eu sou vítima de perseguição“, afirmou.
Flávio foi ao Senado para realizar seu registro biométrico
para dar início ao seu mandato na sexta-feira (01).
O CASO COAF
O ex-assessor e ex-motorista do senador eleito Flávio
Bolsonaro (PSL-RJ) Fabrício José Carlos de Queiroz foi citado em um relatório
produzido pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) por
movimentações financeiras atípicas em uma conta no banco Itaú.
O policial militar teria movimentado, de janeiro de 2016 a
janeiro de 2017, R$ 1,2 milhão. Uma das transações, um cheque de R$ 24.000 foi
destinado à futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
O documento é fruto do desdobramento da Operação Furna da
Onça, ligada à Lava Jato no Rio. As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo, que revelou o caso no dia 6 de dezembro.
O próprio Flávio é citado por movimentações financeiras
atípicas. Entre elas estão 48 depósitos em espécie de R$ 2.000 – o dinheiro, no
total de R$ 96.000, entrou na conta de Flávio no período de 9 de junho de 2017
a 13 de julho de 2017 – Poder 360.
Carlos Magno
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