O ano mal começou, mas já são inúmeros os problemas que
afetam os servidores da saúde de Campina Grande, muitos remanescentes de 2018,
apesar da luta dos trabalhadores. Para discutir esta intensa pauta, o Sindicato
dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e da Borborema (Sintab)
realizou assembleia esta semana, na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB).
Entre os encaminhamentos definidos está o envio de um ofício
à Prefeitura Municipal solicitando audiência com o prefeito Romero Rodrigues, a
fim de buscar soluções para todas as questões. Caso não haja resposta, medidas
mais drásticas, como paralisações e até mesmo greve, poderão ser definidas,
conforme ratificou o presidente do Sintab, Giovanni Freire.
“Encaminharemos ofício com toda a nossa pauta e esperamos
que o prefeito receba a categoria em audiência porque os problemas não são
novos e são muito graves, sobretudo as condições de trabalho, que estão
precárias nos serviços de saúde de um modo geral. Vamos manter as visitas e as
fiscalizações nestes locais para avaliar minuciosamente a situação de cada um”,
disse o presidente.
Ainda de acordo com Giovanni, o prefeito Romero não cumpre o
piso dos agentes de combate às endemias (ACE) e nem dos agentes comunitários de
saúde (ACS), embora tenha sido um ferrenho defensor deste piso quando foi
deputado federal. “Ele também não cumpre o Plano de Cargos dos ACE e ACS, nem o
da saúde e o pagamento do Pmaq (Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da
Qualidade da Atenção Básica) também está atrasado, deveria ter sido feito no
mês de janeiro, mas até agora nada”.
A indignação dos trabalhadores foi destacada também pelo
diretor de Comunicação do sindicato, Napoleão Maracajá. “A cidadania preconiza
duas situações, direitos e deveres, mas os trabalhadores de Campina só estão
tendo deveres, estão tendo a cidadania roubada pela gestão, uma gestão que
rouba o trabalhador e assalta a cidadania, um gestão que alega crise, mas gasta
absurdos com publicidade. Obrigar uma categoria a cumprir deveres sem garantir
direitos é usurpar a cidadania destes trabalhadores e isto nós não iremos
permitir”, declarou – Assessoria.
Carlos Magno
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