A paisagista Elaine Perez Caparroz, 55 anos, foi espancada
por quase 4 horas por um homem que conheceu nas redes sociais. O caso,
divulgado pelo Fantástico, resultou na prisão em flagrante de Vinícius Batistas
Serra, 27 anos, por tentativa de feminicídio, e na hospitalização de Elaine.
Ela ficou desconfigurada e vai precisar de cirurgia reparadora.
De acordo com Rogério Perez, irmão da vítima, Elaine está
com uma fratura no nariz, que dificulta a respiração, e outras no globo ocular,
na face e no maxilar, além de ter tido os dentes quebrados.
O agressor afirmou aos policiais que dormia com a vítima,
acordou e teve um surto. A Polícia entendeu que Vinícius espancou Elaine por
ela ser mulher.
Violência sem fim
Segundo Elaine, ela conheceu Vinícius pelas redes sociais,
os dois trocavam mensagem há cerca de 8 meses e marcaram um encontro, um jantar
na casa dela. No hospital, ela disse que ele perguntou se podia dormir na casa
dela, ela disse que sim. “Eu acordei com ele me esmurrando a cara. Ele foi
tentar me dar um mata leão, coloquei as mãos para não deixar ele concluir e ele
me mordeu.” As agressões continuaram.
Ainda de acordo com a reportagem, os vizinhos ouviram os
gritos de Elaine, avisaram ao porteiro, que foi ao apartamento. Quando ele
chegou, Vinícius não estava mais, mas os demais funcionários da portaria
conseguiram impedir que o rapaz deixasse o prédio.
No Instagram, o lutador Rayron Gracie, filho de Elaine, fez
uma homenagem à mãe.
A lutadora Kyra Gracie pediu justiça e lamentou que ainda há
pessoas que se perguntam “o que ela deve ter feito para ele fazer isso”. “A
sociedade e a Justiça não podem mais permitir que psicopatas como esse
permaneçam impunes e em convívio com a sociedade”, disse.
Feminicídio
A cada 6 horas uma mulher é vítima de feminicídio no mundo,
segundo relatório da ONU (Organização das Nações Unidas).
A pesquisa aponta que, em 2017, 87 mil mulheres foram
vítimas de feminicídio e mais da metade delas (58%), cerca de 50 mil, foram
mortas por conhecidos, companheiros, ex-maridos ou familiares. A conclusão é de
que o lar é o ambiente mais violento para as mulheres.
O relatório “Assassinato de gênero de mulheres e meninas”
destaca que os assassinatos de mulheres por parte dos seus companheiros faz com
que o lar seja o “lugar mais perigoso” e que, sendo assim, ”é frequentemente a
culminação de uma violência de longa duração que precisa ser combatida” –
HuffPosto Brasil.
Carlos Magno
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