O advogado de Ronnie Lessa, Fernando Santana, afirmou nesta
quarta-feira (13) que seu cliente não pensa em fazer uma delação premiada sobre
o caso Marielle Franco. De acordo com a defesa, Ronnie negou que tenha atirado
contra a vereadora e seu motorista Anderson Gomes.
Ronnie é acusado pela polícia e pelo Ministério Público de
ter sido o autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson, além de ser o
dono de 117 fuzis encontrados em um apartamento no Méier durante operação nesta
terça.
PM e ex-PM são presos como autores do assassinato de Marielle
Franco
Witzel diz que presos por morte de Marielle e Anderson podem
fazer delação premiada
“Como é que eu vou fazer uma delação premiada se ele nega
veementemente que tenha cometido qualquer tipo de crime? Se ele não cometeu,
não tem porque fazer qualquer tipo de delação”, disse o advogado.
Na terça-feira (12), o governador do Rio de Janeiro, Wilson
Witzel, apontou a possibilidade dos acusados firmarem um acordo de delação
premiada sobre o caso. Durante uma coletiva de imprensa, Witzel e a cúpula da
Segurança do estado deram detalhes das investigações.
"É uma resposta importante que nós estamos dando para a
sociedade: a elucidação de um crime bárbaro cometido contra uma parlamentar,
uma mulher, no exercício de sua atividade democrática. Teve sua vida ceifada de
forma inaceitável. Mas muito mais ainda inaceitável porque estava exercendo seu
mandato”, disse o governador.
Ronnie Lessa é acusado de ser a pessoa que atirou contra o
carro da parlamentar. Ele estaria acompanhado do comparsa Élcio Vieira, que
dirigia o carro em que eles estavam. Ambos foram presos na Operação Lume na
terça-feira (12).
Já o advogado de defesa de Élcio afirmou que o cliente não
estava no mesmo local em que o crime aconteceu. Segundo ele, testemunhas irão
provar que o acusado estava em outro lugar no momento do assassinato. “Vamos apresentar
as testemunhas e provar a inocência do meu cliente”, disse – G1.
Carlos Magno
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