O Banco Central reduziu de 2,4% para 2% a previsão para o
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2019. A estimativa
consta do relatório trimestral de inflação, divulgado pela instituição nesta
quinta-feira (28).
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país,
independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o
comportamento da economia brasileira.
Em 2018, o PIB brasileiro cresceu 1,1%, segundo dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho da
economia brasileira no ano foi decepcionante diante das expectativas iniciais.
Segundo o BC, a redução na estimativa de alta do PIB ao
crescimento menor do ano passado (que reduz o chamado "carregamento
estatístico" da expansão de um ano para o outro), aos "desdobramentos
da tragédia em Brumadinho sobre a produção da indústria extrativa mineral; às
reduções em prognósticos para a safra agrícola; e, residualmente, à moderação
no ritmo de recuperação".
A expectativa da instituição para o crescimento da economia
brasileira está em linha com o que acredita o mercado financeiro. Pesquisa
feita pelo próprio BC na semana passada com mais de 100 bancos mostra que
previsão é de uma alta de 2% no PIB neste ano.
Inflação
O Banco Central também informou a estimativa de inflação,
medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), permaneceu
estável em 3,9% para este ano. As previsões consideram a trajetória estimada
pelo mercado financeiro para a taxa de juros e de câmbio neste ano e no
próximo.
O BC projetou ainda, com base no cenário que considera as
estimativas do mercado para taxa de juros e câmbio, que o IPCA vai somar 3,8%
em 2020. Com isso, a instituição elevou a projeção, que, em dezembro do ano
passado, estava em 3,6% para o ano que vem.
No cenário com taxa de juros e câmbio fixos (em 6,5% ao ano
e R$ 3,85), a inflação estimada pelo BC ficaria em 4,1% neste ano e em 4% em
2020. Em dezembro de 2018 (previsão anterior), a expectativa do BC, nesse
cenário, era de que a inflação somaria 4% no fechamento de 2019 e, também, de
2020.
A meta central deste ano é de 4,25%, e o intervalo de
tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%. Para 2020, o mercado
financeiro manteve em 4% a estimativa de inflação. No ano que vem, a meta terá
sido oficialmente cumprida se a inflação oscilar entre 2,5% e 5,5%.
Definição da taxa de
juros
As estimativas do BC para o Produto Interno Bruto e para a
inflação ajudam a instituição na definição da taxa básica de juros, atualmente
na mínima histórica de 6,5% ao ano.
A definição da taxa de juros pelo BC tem como foco o
cumprimento das metas de inflação, fixadas todos os anos pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN).
Recentemente, por meio da ata da última reunião do Comitê de
Política Monetária (Copom), o BC informou que julga importante "observar o
comportamento da economia brasileira ao longo do tempo" e acrescentou que
"esta avaliação demanda tempo e não deverá ser concluída a curto
prazo". Com isso, indicou juros estáveis nos próximos meses – G1.
Carlos Magno
VEJA TAMBÉM:
- Cheirar
pum pode prevenir câncer, AVC, ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo
de universidade do Reino Unido
-
Assassinato de moradores de rua em Campina Grande-PB gera comoção: radialista
faz artigo em homenagem a "Maria Suvacão"
- UEPB vai ganhar curso de
Medicina no campus de Campina Grande. Veja detalhes
-Cliente que passar mais de
20 minutos em fila de banco na Paraíba receberá indenização
-
Jovem forja a própria morte para saber "quais pessoas se importariam com
sua ausência" e vem a público pedir desculpas