O Senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) foi à tribuna em
duas oportunidades, na última quinta e nesta sexta-feira (11 e 12) e fez uma
avaliação dos 100 primeiros dias de gestão do Governo Bolsonaro, fazendo
questão de frisar que não torcia pelo “quanto pior melhor”, mas que se permitia
fazer avaliações sobre o momento que o País está vivendo, notadamente em áreas
cruciais como Saúde, Educação e Segurança.
Sobre a Educação, Veneziano afirmou que não houve ação
funcional no Ministério, com graves atropelos e falas distantes de contexto e
conexão com os novos tempos.
Ele refutou qualquer ilação que possa ser feita, por quem
quer que seja, de que a oposição esteja criando dificuldades para o governo.
“Nós estamos fazendo um acompanhamento sério, questionando o que deve ser
questionado e fiscalizando, até porque é o nosso dever. Não estamos a torcer
pelo insucesso do governo, por isso estamos sempre ponderando e,
equilibradamente, sugerindo esse bom debate”.
Veneziano disse que o bloco de oposição, contudo, jamais se
afastará das ponderações que têm quer ser feitas. “Não dá pra fazer uma
avaliação, por exemplo, dos 100 dias na Educação, por parte do Governo, se não
houve sequer o início de uma ação funcional, pelas próprias trapalhadas do
ex-ministro”.
O parlamentar também criticou a fala do novo Ministro da
Educação, de que não há sentido as universidades nordestinas ensinarem
filosofia e sociologia, mas apenas agronomia. “O Ministro imagina que nós,
nordestinos, não sejamos capazes de poder ter uma formação filosófica ou ter
direito de assentarmo-nos a um banco acadêmico para estudar Ciências Sociais,
como eu próprio assim o fiz, ao lado do Curso de Direito”.
Sobre a Saúde, Veneziano criticou o que chamou de
improvisações no Mais Médicos, bem como classificou as ações do Ministério das
Relações Exteriores, através do Itamaraty, como desastrosas. “As visitas, as
falas do Presidente e do próprio Ministro, em nada contribuem”.
SEGURANÇA –
Veneziano criticou a proposta de segurança do atual Governo, quando defende que
cada cidadão tenha uma arma para garantir sua proteção. “A proposta do
Presidente Jair Bolsonaro é simplesmente que cada pessoa tenha uma arma e os
problemas estarão resolvidos, contrapondo à pesquisa Data Folha, quando diz que
72% das pessoas são contrárias a esta ideia”.
Veneziano disse que não queria chegar a esse convencimento,
“mas o Presidente não estava minimamente preparado para a condição de presidir
o nosso País. Ele não acreditava, minimamente, que seria eleito. Tanto é que,
quando a gente vai pra uma disputa, mesmo com condições desfavoráveis, como foi
o meu caso ao tempo em que fui candidato a prefeito da minha Campina Grande em
2004, tanto eu me preparei antes, como me preparei depois, caso aquilo que era
quase pouco possível viesse a acontecer”.
Para o Senador, Bolsonaro, mesmo depois de eleito, não
buscou preparação para assumir tamanha responsabilidade que se apresentava a
ele. “E, quando foi eleito, bateu-se à porta dele e disseram, você é Presidente
da República, portanto, assuma as responsabilidades de ser o gestor maior de
uma Nação de 205 milhões de brasileiros e ele não se preocupou ou não está
demonstrando esse interesse de poder preparar-se, qualificar-se perante essas
atribuições que são as maiores de todos nós brasileiros”.
Veneziano finalizou suas palavras com uma mensagem de
otimismo, demonstrando o desejo de que o governo passe a acertar. “Torcemos
para dar certo e estamos a colaborar pra isso dar certo, mas sem que sejam
suprimidas as obrigações e os deveres que temos de fiscalizar, ponderadamente,
além de apresentar sugestões” – Assessoria.
Carlos Magno
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