Aliado de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro, o
senador Major Olímpio (PSL-SP) faz um desabafo sobre o governo que ele próprio
representa no Senado. “Estou muito preocupado”, contou ele ao blog de Política
da Natuza Nery, publicado pelo portal G1.
Questionado sobre o que precisa mudar, o líder do PSL engata
a primeira e dispara contra a atuação do Executivo federal no Congresso. Apesar
das críticas, poupa o presidente Jair Bolsonaro. Mas faz um alerta: uma coisa é
acabar com o "toma lá, dá cá", outra coisa é não fazer o básico.
Leia a seguir o diagnóstico de Major Olímpio, em tópicos:
Inimigo íntimo
“O centrão é uma realidade e está se pautando pela
neutralidade. Eu preciso de 308 votos para aprovar a reforma [da Previdência]
na Câmara e vou dizer que 250 parlamentares são bandidos? Pelo amor de Deus,
não dá, temos que pensar no país.”
Perdoe meu francês
“Desculpe o linguajar. Mas esquece essa porra de centrão, de
centrinho, de esquerda, de direita. Esquece essa briga de porta de escola, de
te pego na saída.”
A isca e o anzol
“O PT e a esquerda como um todo são especialistas no que
fazem [oposição]. Eles jogam a isca e nós mordemos a isca, o anzol, a linha, a
vara, tudo.”
Último a saber
“Eu fico sabendo pela imprensa que tem um ministro em São
Paulo [reduto eleitoral do senador] fazendo um anúncio do governo. Se eu, que
sou do partido do presidente, sou tratado assim, imagine os demais. Aí o
parlamentar fica possuído e pensa ‘o governo não precisa de mim.'”
Cafezinho
“Quando os parlamentares estão falando em aproximação, não é
só tomar um cafezinho. Está mais do que claro que a maioria dos senadores não
está procurando um carguinho. O presidente está se esforçando, recebendo os
partidos, mas o staff dele não está executando a orientação do presidente.”
Meia palavra basta
“A grande maioria já entendeu que mudou a forma de relação
(que acabou o "toma lá, dá cá"), mas a cortesia tem que haver, e isso
não mudou."
Sem munição
“Não recebi nenhuma nota técnica do governo dando
instrumentos para defender o fim da política de reajuste do salário mínimo,
para defender o governo. Eu não recebo orientação, um suporte técnico sequer,
para fazer a defesa.”
Sem pólvora
“'Quando o estrategista erra, o soldado morre', dizia
Abraham Lincoln. Eu sou soldado. Estou na trincheira e preciso de arma e
munição."
Telefone sem fio
“Em relação à articulação política, não sinto chegar o
comando do governo aqui.”
Maldita Geni
“São 54 guerreiros do PSL na Comissão de Constituição e
Justiça da Câmara sem respaldo [do governo]. A bancada é a Geni, que está
sempre pronta para enfrentar o zepelim. Só que nós precisamos de suporte
técnico para isso."
A pão e água
“Se o governo tratá-los [parlamentares do centrão] como
adversários, eles vão se portar como adversários. Os únicos que são tratados
como adversários e são governo somos nós do PSL.” – G1.
Carlos Magno
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