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17/04/2019

Líder do partido de Bolsonaro reclama da articulação política: “Quando o estrategista erra, o soldado morre”


Aliado de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro, o senador Major Olímpio (PSL-SP) faz um desabafo sobre o governo que ele próprio representa no Senado. “Estou muito preocupado”, contou ele ao blog de Política da Natuza Nery, publicado pelo portal G1.

 

Questionado sobre o que precisa mudar, o líder do PSL engata a primeira e dispara contra a atuação do Executivo federal no Congresso. Apesar das críticas, poupa o presidente Jair Bolsonaro. Mas faz um alerta: uma coisa é acabar com o "toma lá, dá cá", outra coisa é não fazer o básico.



 

Leia a seguir o diagnóstico de Major Olímpio, em tópicos:

 

Inimigo íntimo

 

“O centrão é uma realidade e está se pautando pela neutralidade. Eu preciso de 308 votos para aprovar a reforma [da Previdência] na Câmara e vou dizer que 250 parlamentares são bandidos? Pelo amor de Deus, não dá, temos que pensar no país.”

 

Perdoe meu francês

 

“Desculpe o linguajar. Mas esquece essa porra de centrão, de centrinho, de esquerda, de direita. Esquece essa briga de porta de escola, de te pego na saída.”

 

A isca e o anzol

 

“O PT e a esquerda como um todo são especialistas no que fazem [oposição]. Eles jogam a isca e nós mordemos a isca, o anzol, a linha, a vara, tudo.”

 

Último a saber

 

“Eu fico sabendo pela imprensa que tem um ministro em São Paulo [reduto eleitoral do senador] fazendo um anúncio do governo. Se eu, que sou do partido do presidente, sou tratado assim, imagine os demais. Aí o parlamentar fica possuído e pensa ‘o governo não precisa de mim.'”

 

Cafezinho

 

“Quando os parlamentares estão falando em aproximação, não é só tomar um cafezinho. Está mais do que claro que a maioria dos senadores não está procurando um carguinho. O presidente está se esforçando, recebendo os partidos, mas o staff dele não está executando a orientação do presidente.”

 

Meia palavra basta

 

“A grande maioria já entendeu que mudou a forma de relação (que acabou o "toma lá, dá cá"), mas a cortesia tem que haver, e isso não mudou."

 

Sem munição

 

“Não recebi nenhuma nota técnica do governo dando instrumentos para defender o fim da política de reajuste do salário mínimo, para defender o governo. Eu não recebo orientação, um suporte técnico sequer, para fazer a defesa.”

 

Sem pólvora

 

“'Quando o estrategista erra, o soldado morre', dizia Abraham Lincoln. Eu sou soldado. Estou na trincheira e preciso de arma e munição."

 

Telefone sem fio

 

“Em relação à articulação política, não sinto chegar o comando do governo aqui.”

 

Maldita Geni

 

“São 54 guerreiros do PSL na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara sem respaldo [do governo]. A bancada é a Geni, que está sempre pronta para enfrentar o zepelim. Só que nós precisamos de suporte técnico para isso."

 

A pão e água

 

“Se o governo tratá-los [parlamentares do centrão] como adversários, eles vão se portar como adversários. Os únicos que são tratados como adversários e são governo somos nós do PSL.” – G1.

 

Carlos Magno

 

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