Em pronunciamento na Tribuna do Senado Federal, o Senador
Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) criticou a forma de reajuste do salário mínimo
apresentada pelo governo Bolsonaro e destacou as grandes conquistas do
trabalhador, fruto de lutas históricas e embates políticos. Ele classificou a
medida do governo como um “retrocesso”.
- O mais importante é que aquilo que foi conquistado com
grandes dificuldades, depois de lutas incessantes para uma política efetiva e
legalmente prevista de valorização do salário mínimo no País, não seja, por
arroubos, por improvisos ou simplesmente por perversa disposição de uma linha
condutora de uma política econômica, adotada para ser revista – declarou o
Senador da Paraíba.
O pronunciamento de Veneziano foi feito após o Congresso
Nacional receber o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2020 (PLN
5/2019), enviado pelo presidente Jair Bolsonaro. O projeto prevê que o salário
mínimo, nos próximos três anos, não terá ganho real, ou seja, será corrigido
apenas pela inflação acumulada. Atualmente, a lei determina que o salário
mínimo seja corrigido pela inflação do ano anterior somada à média de
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores.
Durante o discurso, Veneziano ressaltou ser fundamental que
o Senado não acate a proposta, que considerou “descabida, maldosa e que
prejudicou milhares de brasileiros”. Ele lembrou que cerca de 50 milhões de
brasileiros vivem na faixa da pobreza e que em torno de 13 milhões de pessoas
estão desempregadas. Para Veneziano, é necessário que a opinião pública esteja
engajada no debate em defesa do ganho real do salário mínimo.
- Vamos fazer esse debate no momento oportuno. É
indispensável que nós estejamos como sentinelas, em defesa do salário mínimo,
do ganho real do salário mínimo e em defesa do cidadão brasileiro – afirmou o
parlamentar paraibano.
Banco Central – Veneziano
também criticou o Projeto de Lei Complementar encaminhado pelo Governo Federal
que prevê mandatos de quatro anos para integrantes do Banco Central. Na sua
opinião, essa medida daria toda a liberdade de decisão a quem regula e
fiscaliza o sistema financeiro e é responsável pelas políticas de crédito.
- Não há qualquer inserção, intromissão, interferência, mas,
no momento em que se estabelecem mandatos, temerários riscos estarão, muito
provavelmente, sendo produzidos para o nosso País — afirmou – Assessoria.
Carlos Magno
VEJA TAMBÉM:
- Cheirar
pum pode prevenir câncer, AVC, ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo
de universidade do Reino Unido
-
Assassinato de moradores de rua em Campina Grande-PB gera comoção: radialista
faz artigo em homenagem a "Maria Suvacão"
- UEPB vai ganhar curso de
Medicina no campus de Campina Grande. Veja detalhes
-Cliente que passar mais de
20 minutos em fila de banco na Paraíba receberá indenização
-
Jovem forja a própria morte para saber "quais pessoas se importariam com
sua ausência" e vem a público pedir desculpas