Com a devolução de 18 de seus 25 aviões a partir de
segunda-feira (22), a Avianca Brasil terminará a próxima semana com 66% voos a
menos em relação a 2018.
Serão 646 voos de 22 a 28 de abril, contra 1.910 no mesmo
período do ano passado, segundo levantamento do G1 com base em dados da Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac). Centenas de voos têm sido cancelados. Procurada,
a Avianca Brasil não quis comentar.
O número de voos na semana que vem cairá gradativamente à
medida em que os aviões forem devolvidos:
Segunda, 22/4: 150 voos
Terça, 23/4: 118 voos
Quarta, 24/4: 98 voos
Quinta, 25/4: 88 voos
Sexta, 26/4: 70 voos
Sábado, 27/4: 60 voos
Domingo, 28/4: 62 voos
Em recuperação judicial desde dezembro, a companhia foi
obrigada a devolver as aeronaves aos donos (chamados de "lessores")
por falta de pagamento, após sucessivas decisões da Justiça. As devoluções
foram mediadas pela Anac.
A diminuição dos voos é reflexo da frota menor --já foram
mais de 40 aviões; a partir da semana que vem, serão sete. A consequência: o
número de aeroportos atendidos chegará a 12 em 28 de abril, ante 31 em 28 de
abril de 2018.
O cancelamento de voos começou em 13 de abril e tem ocorrido
diariamente desde então. Só nesta Páscoa, terão sido 612 voos cancelados em
relação à Páscoa do ano passado, ou 62% a menos. Passageiros estão sendo
avisados com antecedência, segundo a companhia.
A atualização dos voos cancelados está na página da Avianca
Brasil.
Passageiros afetados
A companhia aérea disse que tem entrado em contato com os
passageiros afetados para oferecer reembolso ou opções de reacomodação.
Também informou que, se as passagens foram compradas por
meio de agências, sites de viagem, o passageiro deve entrar em contato
diretamente com as empresas.
Segundo a Anac, em caso de cancelamento ou de alteração do
voo por iniciativa da Avianca, o passageiro deve ter os seus direitos
respeitados, disponíveis para consulta no portal da Anac na internet.
Reclamações podem ser feitas pela plataforma
Consumidor.gov.br e, caso não sejam atendidas, o passageiro poderá recorrer aos
órgãos do Serviço Nacional de Defesa do Consumidor.
Plano de recuperação
Quarta maior companhia aérea do Brasil, a Avianca Brasil
está em recuperação judicial desde dezembro do ano passado. Em 5 de abril, os
credores aprovaram o plano de recuperação judicial da companhia.
O plano prevê a divisão da companhia em sete Unidades
Produtivas Isoladas (UPIs) que serão levadas a leilão, marcado para o dia 7 de
maio. Tanto a Latam Brasil quanto a Gol concordaram em fazer uma oferta no
valor mínimo de US$ 70 milhões para pelo menos uma UPI e seus respectivos
ativos. A Azul chegou a fazer uma oferta de compra, mas, na quinta-feira (18),
anunciou ter desistido.
Nos últimos dias, a companhia aérea também tem enfrentado
uma série de problemas com operadores de aeroportos. A companhia está atrasando
o pagamento de taxas aeroportuárias, o que tem levado as empresas operadores a
ameaçar de suspensão de voos da companhia.
O juiz que homologou o plano de recuperação da Avianca não
aceitou o pedido da aérea para que a devolução dos aviões fosse feita
gradualmente, até julho. A companhia já atrasou pagamentos nos aeroportos de
Guarulhos, Florianópolis, Porto Alegre, Salvador e Fortaleza – G1.
Carlos Magno
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